Quando se desconsidera a cana-de-açúcar, que representa cerca de 1/3 do valor da produção agropecuária paulista, o resultado do IqPR caiu para -7,10% e o IqPR-V foi para -9,47%. Isso ocorreu devido ao pico de safra das principais lavouras de verão. Observe-se que a cana teve redução de 0,78% no período, também em função da moagem da safra que se inicia (Tabela 2).

            Os produtos com maior queda nesta quadrissemana foram tomate para mesa (-24,66%), laranja para indústria (-22,10%), carne de frango (-20,90%), laranja para mesa (-16,92%), feijão (-13,40) e carne suína (-11,71) (Tabela 2).
            A queda no preço do tomate para mesa se deve ao aumento da oferta e à retração da demanda, já que o preço do produto estava em patamar elevado. A tendência de queda para o tomate deve manter-se nas próximas quadrissemanas.
            Os produtos do IqPR que apresentaram maior alta nos preços foram banana nanica (30,51%) e trigo (1,83%) (Tabela 2).
            A banana nanica apresentou nos dois primeiros meses do ano tendência de queda, devido à elevada oferta desse produto, cujo menor preço foi atingido na primeira quadrissemana de março. A partir daí houve reversão da tendência e o aumento de preços se deve ao início das aulas, à boa qualidade da fruta e à pequena entressafra na principal região produtora de banana do Estado.
            Em resumo, no período analisado, seis produtos apresentaram alta de preços (três de origem vegetal e três de origem animal), enquanto 13 produtos tiveram queda (10 do segmento vegetal e três do animal), levando a queda expressiva dos índices de preços agrícolas no período e contribuindo para a redução da inflação futura.