A representatividade das vendas para a Rússia nas exportações brasileiras elevou-se de 2,7% no primeiro semestre de 2005 para 2,4% em período similar de 2006. Isso também ocorre nos agronegócios cuja proporção caiu de 6,2% para 6,0% no cotejo dos períodos considerados. Das vendas para a Rússia, os agronegócios responderam por 93,6% no primeiro semestre de 2005 e por 92,2% nos primeiros seis meses de 2006 (tabela 2).

            Ao tomar o perfil de agregação de valor das exportações dos agronegócios para a Rússia, ensejadas no primeiro semestre de 2006, verifica-se que o Brasil vende para esse país asiático preferencialmente produtos básicos e semi-manufaturados. As vendas desses níveis de agregação de valor, nas transações com a Rússia, atingem 47,1% para os básicos e 47,7% para os semi-manufaturados. Já a participação desse perfil de produto nas exportações setoriais totais foi de 44,4% e de 20,0%, respectivamente (tabela 3).

            Há enorme concentração das exportações dos agronegócios brasileiros para a Rússia. Os cinco principais grupos de cadeias de produção, que no primeiro semestre de 2005 consolidaram negócios de US$ 1,30 bilhão e representaram 97,8% do total, em igual período de 2006 somaram US$ 1,32 bilhão, com o que passam a significar 97,8% das vendas concretizadas. Destaque para o grupo de cana e sacarídeas, no qual está incluído o açúcar, que atingiu US$ 517,03 milhões (38,8%) nos primeiros seis meses de 2005, aumentando 26,2%, para US$ 652,66 milhões, em igual período de 2006 (tabela 4).

            Ao destacar a agregação de valor para os principais grupos de cadeias de produção transacionados com a Rússia, nota-se a elevada participação no primeiro semestre de 2006, tanto dos produtos básicos que somaram US$ 632,93 milhões (47,1%) quanto dos semi-manufaturados, com 639,20 milhões (47,6%). E, dentre os semi-manufaturados, a cana e sacarídeas, com 638,64 milhões, correspondem a 97,8% das vendas desse grupo de mercadorias (tabela 5).

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