No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde novembro de 2004.

            As variações dos preços agrícolas, por produto no mês de novembro, no acumulado de 2005 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de novembro, foi o seguinte:
 

            Dos 19 produtos pesquisados em novembro, sete apresentaram aumento no preço (batata, cana-de-açúcar, cebola, laranja, tomate, boi e suínos). Entre os vegetais, a alta nos preços de cinco produtos gerou crescimento de 5,68% no índice do grupo. Já no segmento animal, a queda nas cotações de dois produtos reduziu em 0,75% os preços deste grupo. O resultado final foi a alta de 3,38% no índice geral de preços agrícolas em novembro, a primeira alta mensal expressiva desde março.

            Em 2005, a variação acumulada do IPR foi de 5,95%, em comparação com 1,22% do IGP-M e 4,34% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 4,73 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 1,61 ponto percentual frente ao IPC-Fipe.

            No ano, seis produtos apresentaram crescimento acumulado no preço, dos quais batata, cebola, laranja e tomate com aumento acumulado superior a 20%. Banana e cana-de-açúcar registraram aumentos acumulados inferiores a 20%, enquanto treze produtos tiveram reduções no preço, dos quais sete com quedas superiores a 20% (ver tabela).

            A variação mensal anualizada do IPR indica leve queda nos últimos quatro meses. Com o desempenho em novembro, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 8,42%, em comparação com 1,96% do IGP-M e 5,03% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 6,46 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 3,39 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

            Nos últimos 12 meses, sete produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais quatro com altas superiores a 20%. Já doze produtos tiveram queda de preço, dos quais seis com reduções superiores a 20% (ver tabela).

            O tomate foi o destaque de alta nos últimos doze meses, bem como em novembro de 2005, em função da menor oferta no final da safra e do atraso na entrada de produtos da safra de verão, o que pressionou fortemente os preços em novembro. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Ainda no acumulado de 12 meses, cabe destacar a queda do preço do algodão (-32,35%). O mesmo ocorreu no ano (-32,35%), em função da dificuldade de exportação devido à valorização do real e à queda nas cotações internacionais, o que levou à menor cotação do produto nos últimos quatro anos no mês de novembro. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Por outro lado, o preço da soja se manteve em baixa expressiva nos últimos 12 meses (-19,93%), em função da elevação substancial da oferta mundial, da valorização do real e da boa safra norte-americana, associada à queda de demanda de farelo de soja devido à gripe do frango. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Em novembro, a laranja apresentou expressiva alta nos preços recebidos, devido às estimativas de quebra da safra americana na Flórida, indicando demanda maior do que a oferta nos próximos meses. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Por fim, em novembro, o preço das aves (frango) apresentou forte queda, mesmo com o crescimento das exportações e a proximidade das festas de fim de ano, devido à dificuldade de embarque do produto causada pela greve dos fiscais agropecuários, o que levou a um excesso de disponibilidade do produto no mercado interno. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte: