No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde outubro de 2004.

            As variações dos preços agrícolas, por produto no mês de outubro, no acumulado de 2005 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de outubro, foi o seguinte:
 

            Dos 19 produtos pesquisados em outubro, cinco apresentaram aumento no preço (banana, batata, café, laranja e boi). Entre os vegetais, a alta nos preços de quatro produtos gerou crescimento de 0,15% no índice do grupo. Já no segmento animal, a queda nas cotações de três produtos e a redução na recuperação do preço do boi devido à aftosa reduziram em 1,01% o preço do grupo. O resultado final foi à queda de 0,27% no índice geral de preços agrícolas em outubro, frustrando a sua recuperação que se manifestou nas primeiras três quadrissemanas do mês.

            Em 2005, a variação acumulada do IPR foi de 2,49%, em comparação com 0,81% do IGP-M e 3,89% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 1,68 ponto percentual em relação ao IGP-M, mas perda de 1,40 ponto percentual frente ao IPC-Fipe.

            No ano, seis produtos apresentaram crescimento acumulado no preço, dos quais a cebola com aumento acumulado superior a 20%. Banana, cana-de-açúcar, laranja, milho e tomate registraram aumentos acumulados inferiores a 20%, enquanto treze produtos tiveram reduções no preço, dos quais quatro com quedas superiores a 20% (ver tabela).

            A variação mensal anualizada do IPR indica relativa estabilidade nos últimos três meses. Com o desempenho em outubro, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 9,01%, em comparação com 2,38% do IGP-M e 5,17% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 6,63 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 3,84 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

            Nos últimos 12 meses, seis produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais três com altas superiores a 20%. Já treze produtos tiveram queda de preço, dos quais nove com reduções superiores a 20% (ver tabela).

            A laranja continuou como destaque de alta nos últimos doze meses, em função da cotação do suco de laranja congelado e concentrado na bolsa de Nova York, devido à forte redução da produção norte-americana e também à queda na produção paulista, associadas às perdas recentes da safra americana com furacões em outubro. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Ainda no acumulado de 12 meses, cabe destacar a queda no preço do algodão (-32,75%). O mesmo ocorreu no ano (-32,35%), em função da dificuldade de exportação devido à valorização do real e à queda nas cotações internacionais, levando à menor cotação do produto nos últimos quatro anos no mês de outubro. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Por outro lado, o preço da soja se manteve em baixa expressiva nos últimos 12 meses (-23,29%), em função da elevação substancial da oferta mundial, da valorização do real e da boa safra norte-americana. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Em outubro de 2005, o café foi o produto com maior alta nos preços recebidos, devido ao aumento da demanda internacional pelos países consumidores e a menores vendas por parte do Brasil, no período em que é o maior fornecedor. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Finalmente, a cotação do boi gordo iniciou outubro com forte recuperação, mas sofreu forte impacto da ocorrência de um foco de aftosa no Estado de Mato Grosso do Sul a partir de meados do mês. Isto fez com que os preços médios recebidos apresentassem leve recuperação, mas com tendência de queda nos próximos meses devido à dificuldade de comercialização e paralisação das exportações. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte: