Os preços agrícolas subiram 8,26% na segunda quadrissemana de outubro. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) continuou apresentando forte crescimento, embora a tendência seja de taxa menor até o final do mês, a julgar pela alta de apenas 2,98% na primeira quinzena de outubro. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de setembro.
 

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde julho de 2002.

            Na segunda quadrissemana de outubro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Fonte: IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de outubro, foi o seguinte:
 

Fonte: IEA

            Dos 19 produtos analisados, três apresentaram redução no preço (banana, batata e tomate), enquanto quinze tiveram acréscimo (algodão, amendoim, arroz, café, cana-de-açúcar, cebola, laranja, milho, soja, trigo, aves, boi gordo, leite, ovos e suíno). Já o preço do feijão manteve-se estável. Um das maiores altas foi verificada no trigo(+33,98%). O preço do tomate apresentou a maior queda (-25,00%).
            Entre os vegetais, a ascensão dos preços dos subgrupos de grãos e de frutas, apesar da retração nos preços das olerícolas, fez com que preço do grupo tivesse majoração de 8,23%. Também verificou-se crescimento nas cotações de todos os produtos de origem animal, cujo grupo atingiu 8,32%. O resultado foi o aumento de 8,26% no índice geral IPR).
            Essa forte alta na quadrissemana, no entanto, não projeta crescimento no mesmo nível para o IPR do mês, uma vez que os preços no início de setembro estavam muito baixos. Na primeira quinzena de outubro, as estimativas indicam crescimento de 2,98% em relação à última semana de setembro, que se mantido nas demais semanas resultará em alta de 5%.
            O preço do milho continua em forte ascensão, uma vez que, além da menor safra no ano agrícola 2001/02, as dificuldades no plantio da safra 2002/03, associadas à desvalorização do real, dificultam a importação a preço competitivo, o que permite a continuidade da alta no nível dos agricultores. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte: