No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde junho de 2001.

As variações dos preços agrícolas por produto, no mês de junho, no acumulado de 2002 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

               Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de junho, foi o seguinte:
 

               Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos pesquisados, quatro apresentaram reduções nos preços: café, cana-de-açúcar, cebola e milho. Entre os vegetais, o crescimento nos preços de sete produtos, compensado pelo recuo em outros quatro, gerou alta de 0,79% no índice de preços do grupo. No caso do segmento animal, a estabilidade nos preços de aves e boi gordo não impediu o crescimento de 4,26% nos preços deste grupo. O resultado foi o aumento de 2,01% no índice geral de preços (IPR).

            No primeiro semestre de 2002, a variação acumulada do IPR foi de –2,17%, em comparação com a variação de 3,48% do IGP-M e de 1,29% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica perda no poder de troca dos agricultores de 5,65 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 3,46 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe, perda esta que está reduzindo a partir de maio.

            Em 2002, onze produtos apresentaram crescimento no preço, dos quais amendoim, batata, feijão e leite com aumento acumulado superior a 20%, e oito tiveram redução de preço.

            A variação mensal anualizada do IPR em junho indica decréscimo a partir de dezembro de 2001, atingindo o valor de 6,12% em comparação com 9,48% do IGP-M e 5,71% do IPC-Fipe. Os preços agrícolas, portanto, estão perdendo cerca de 3,36 pontos percentuais para o IGP-M e apresentando ganho de 0,41 ponto percentual em relação ao IPC-Fipe.

            Nos últimos 12 meses, os preços de treze produtos apresentaram crescimento positivo, dos quais cinco com altas superiores a 20% (amendoim, feijão, laranja, milho e soja), enquanto cinco produtos tiveram queda de preço.

            No mês de junho, o feijão foi o destaque entre os preços ascendentes, com alta de 42,17% e também uma das maiores altas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses. A frustração da safra de inverno, principalmente nas áreas não irrigadas, está sinalizando uma relativa escassez do produto nos próximos meses. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de feijão pode ser observado no gráfico abaixo:

            A maior queda acumulada de preço em 2002 foi registrada nas aves (-19,49%), em função do crescimento do alojamento visando às exportações. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de aves pode ser observado no quadro abaixo:

            O milho foi o produto que apresentou uma das maiores evoluções de preço nos últimos 12 meses, em função da redução de oferta derivada da diminuição de área e da estiagem na primeira safra e da quebra da produção prevista para a safrinha. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de milho pode ser verificado no gráfico abaixo:

            O café foi o produto que apresentou a maior queda de preço nos últimos 12 meses (-17,72%), em função do excesso de oferta no mercado internacional e da colheita da maior safra brasileira nos últimos 30 anos. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de café pode ser observado no gráfico abaixo: