No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde setembro de 2004.

            As variações dos preços agrícolas, por produto no mês de setembro, no acumulado de 2005 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de setembro, foi o seguinte:
 

            Dos 19 produtos pesquisados em setembro, oito apresentaram aumento no preço (amendoim, banana, cebola, laranja, milho, tomate, boi e suínos). Entre os vegetais, a alta nos preços de seis produtos gerou crescimento de 1,59% no índice do grupo. Já no segmento animal, a queda nas cotações de dois produtos reduziu em 0,41% os preços deste grupo. O resultado final foi à alta de 0,88% no índice geral de preços agrícolas em setembro, o primeiro mês com alta desde março último.

            Em 2005, a variação acumulada do IPR foi de 2,76%, em comparação com 0,21% do IGP-M e 3,13% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 2,55 pontos percentuais em relação ao IGP-M e perda de 0,37 ponto percentual frente ao IPC-Fipe.

            No ano, cinco produtos apresentaram crescimento no preço, dos quais cebola e tomate com aumento acumulado superior a 20%. Cana-de-açúcar, laranja e milho registraram aumentos acumulados inferiores a 20%, enquanto quatorze produtos tiveram reduções no preço, dos quais quatro com quedas superiores a 20% (ver tabela).

            A variação mensal anualizada do IPR indica relativa estabilidade nos últimos dois meses. Com o desempenho em setembro, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 9,46%, em comparação com 2,17% do IGP-M e 5,04% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 7,29 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 4,42 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.
            Variação mensal anualizada em 2004 e 2005 para o IPR, IGP-M e IPC-FIPE

            Nos últimos 12 meses, quatro produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais três com altas superiores a 20%. Já quatorze produtos tiveram queda de preço, dos quais seis com reduções superiores a 20% (ver tabela).

            A laranja foi o destaque de alta nos últimos doze meses, em função da cotação do suco de laranja congelado e concentrado na bolsa de Nova York, devido à forte redução da produção norte-americana e também da queda na produção paulista. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Ainda no acumulado de 12 meses, cabe destacar a queda da batata (-44,44%). O mesmo ocorreu no ano (-31,82%), em função da oferta da safra de inverno que tem provocado forte redução nos preços nos últimos meses. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Por outro lado, o preço da soja se manteve em baixa expressiva nos últimos 12 meses (-26,22%), em função da elevação substancial da oferta mundial, da valorização do real e do bom desenvolvimento da safra norte-americana. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            No ano de 2005, o destaque de baixa acumulada coube ao algodão, pois o País vem encontrando dificuldade para exportar o excedente de produção. Além disso, contribuiu a não-disponibilidade de recursos financeiros por parte do Governo Federal para garantir a tabela de preço mínimo de garantia para o produto. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico: seguinte:

            Em setembro de 2005, o café foi o produto com maior queda nos preços recebidos, devido à corrida dos fundos internacionais de investimentos de venda das posições do produto para aplicar em petróleo na bolsa de Nova York, que está com forte alta, e também da boa florada dos cafezais brasileiros, gerando expectativa de grande safra em 2006. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Finalmente, em setembro iniciou-se a recuperação dos preços do boi gordo que vinham em queda desde o final de 2004, mesmo com o crescimento das exportações, devido a uma oferta excessiva em função do elevado descarte de matrizes e novilhas. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte: