No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde abril de 2004.

            As variações dos preços agrícolas, por produto no mês de abril, no acumulado de 2005 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de abril, foi o seguinte:
 

            Dos 19 produtos pesquisados, cinco apresentaram aumento no preço (batata, cana-de-açúcar, feijão, aves e leite). Entre os vegetais, a queda nos preços de onze produtos gerou redução de 0,34% no índice do grupo. Já no segmento animal, o crescimento nas cotações do leite e das aves não impediu a variação negativa de 5,08% nos preços do grupo. O resultado final foi o recuo de 2,03% no índice geral de preços agrícolas em abril, a maior queda mensal observada desde junho de 2003.

            Em 2005, a variação acumulada do IPR foi de 6,00%, em comparação com 2,42% do IGP-M e 2,74% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 3,58 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 3,26 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

            No ano, dez produtos apresentaram crescimento no preço, com destaque para batata, café, cebola, tomate e trigo que tiveram aumento acumulado superior a 20%. Já cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho e leite registraram aumentos inferiores a 20%, enquanto nove produtos tiveram reduções no preço (ver tabela).

A variação mensal anualizada, em abril de 2005, indica evolução contínua do IPR desde outubro de 2004 até março de 2005, quando apresenta um pequeno recuo. Com o desempenho em abril, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 18,60%, em comparação com 10,74% do IGP-M e 8,12% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 7,86 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 10,48 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe. 
  

Nos últimos 12 meses, oito produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais cinco com altas superiores a 20% e três com taxa inferior a 20% (ver tabela).

            A batata manteve o destaque de alta no acumulado de 12 meses, com +133%, e também em 2005, com +218%, em função da menor oferta, além de problemas climáticos que comprometeram a qualidade do produto nos últimos meses. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de batata pode ser observado no gráfico seguinte:

            Ainda no acumulado de 12 meses, cabe destacar a alta do café (73,48%), em função da safra menor nos países da América Central e da indicação de redução de 17% na safra brasileira de 2004/05, gerando um déficit mundial de dez milhões de sacas. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Por outro lado, a soja foi o destaque de baixa nos últimos 12 meses (-38,09%), em função da elevação da oferta mundial. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            No ano de 2005, o destaque de baixa acumulada coube aos suínos, que vêm enfrentando um mercado interno muito fraco, oferta crescente e exportações aquém do esperado. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Em abril de 2005, a batata apresentou a maior alta (+45,83%), seguida do feijão. A alta do feijão está associada à quebra de produção da primeira safra e à menor área plantada na segunda safra, que ocorreu no início do ano. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte: