No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde março de 2004.

            As variações dos preços agrícolas, por produto no mês de março, no acumulado de 2005 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de março, foi o seguinte:
 

            Dos 19 produtos pesquisados, onze apresentaram aumento no preço (banana, batata, café, cana-de-açúcar, cebola, laranja, milho, soja, tomate, trigo e leite). Entre os vegetais, a alta nos preços de dez produtos gerou elevação de 10,30% no índice do grupo. Já no segmento animal, o crescimento na cotação do leite não impediu a variação negativa de 2,13% nos preços do grupo. O resultado final foi o aumento de 5,86% no índice geral de preços agrícolas em março, a maior alta observada desde novembro de 2002.

            Em 2005, a variação acumulada do IPR foi de 8,20%, em comparação com 1,55% do IGP-M e 1,63% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 6,65 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 6,57 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

            No ano, treze produtos apresentaram crescimento no preço, com destaque para batata, café, cebola, milho, tomate e trigo que tiveram aumento acumulado superior a 20%. Já banana, cana-de-açúcar, feijão, laranja, soja, ovos e leite registraram aumentos inferiores a 20%, enquanto seis produtos tiveram reduções no preço (ver tabela).

            A variação mensal anualizada, em março de 2005, indica evolução contínua do IPR desde outubro de 2004, destacando-se como a maior alta. Com o desempenho em março, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 22,13%, em comparação com 11,12% do IGP-M e 7,09% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 11,01 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 15,04 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.
 
 

            Nos últimos 12 meses, onze produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais sete com altas superiores a 20% e quatro com taxa inferior a 20% (ver tabela).
 

            A batata manteve o destaque de alta no acumulado de 12 meses, com +100,00%, e também em 2005, com +118,18%, em função da menor oferta, além de problemas climáticos que comprometeram a qualidade do produto nos últimos seis meses. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de batata pode ser observado no gráfico seguinte:

            Ainda no acumulado de 12 meses, cabe destacar a alta do café (65,99%), em função da safra menor nos países da América Central e da indicação de redução de 20% na safra brasileira de 2004/05, gerando um déficit mundial de dez milhões de sacas. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Por outro lado, a soja foi o destaque de baixa nos últimos 12 meses (-36,29%), em função da elevação da oferta mundial. Mas, devido a estiagem no Brasil, os preços se recuperaram parcialmente em março (+21,77%). O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            No ano de 2005, o destaque de baixa acumulada coube às aves (frango), que vêm enfrentando um mercado interno muito fraco e oferta com forte crescimento. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Em março de 2005, o tomate apresentou a maior alta de preço (+78,67%), em função de menor oferta devido às perdas pelas chuvas intensas verificadas em meados do mês. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

            Ainda em março, destacou-se a recuperação dos preços do milho, com as fortes perdas de produção pela estiagem nos estados do Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, indicando possível necessidade de importação para atender à demanda interna. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte: