De janeiro a maio de 2012, as exportações do Estado de São Paulo¹ somaram US$ 22,26 bilhões (22,7% do total nacional) e as importações²_, US$ 33,64 bilhões (36,7% do total nacional), registrando um déficit de US$ 11,38 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2011, o valor das exportações paulistas cresceu 2,3% e o das importações, 3,3%, com elevação do déficit comercial (+5,6%) (Figura 1). Comparando-se janeiro a maio de 2012 com o mesmo período de 2011, o aumento das exportações paulistas (2,3%) ficou abaixo da média brasileira (3,4%), enquanto que nas importações, o acréscimo também foi maior no Brasil (6,4%) do que em São Paulo (3,3%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o saldo da balança comercial paulista teve aumento do déficit enquanto que o da brasileira apresentou saldos positivos, embora decrescentes.
 

            Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-5,1%), atingindo US$ 7,29 bilhões, enquanto que as importações tiveram menor decréscimo (-2,9%), somando US$ 3,98 bilhões, resultando em redução de 7,5% no saldo comercial em relação a janeiro a maio de 2011, atingindo US$ 3,31 bilhões³ (Figura 2).
 

            Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$ 29,66 bilhões para exportações de US$ 14,97 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$ 14,69 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos mantiveram-se positivos.
 

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado recuou 2,6 pontos percentuais enquanto a participação das importações diminuiu 0,8 ponto percentual na comparação de janeiro a maio de 2012 com o mesmo período de 2011 (Figura 3).
 

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,26 bilhões de janeiro a maio de 2012, com exportações de US$ 97,86 bilhões e importações de US$ 91,60 bilhões. Com isso houve queda no saldo comercial (-26,6%), em função do crescimento das exportações (3,4%) menor do que a elevação das importações (6,4%) (Figura 4).
 

            De janeiro a maio de 2012, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 38,30 bilhões (39,1% do total). Já as importações do setor diminuíram 2,8%, também em comparação com janeiro a maio de 2011, somando US$ 11,97 bilhões (13,1% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a maio de 2012 foi de US$ 26,33 bilhões⁴, sendo 12,6% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 59,56 bilhões e importações de US$ 79,63 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 20,07 bilhões.
 

            As participações dos agronegócios nos totais do País aumentaram em termos das exportações (1,4 ponto percentual) e diminuíram com relação às importações (-1,2 ponto percentual) (Figura 6).
 

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-0,3 ponto percentual) e também no tocante às importações (-1,1 ponto percentual) (Figura 7).
 
 

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a maio de 2012 representaram 19,0%, ou seja, 2,5 pontos percentuais a menos que no mesmo período em 2011, enquanto as importações representaram 33,2%, sendo 0,1 ponto percentual inferior à verificada no ano passado (Figura 8).
 
 

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
 

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
 

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$ 3,90 bilhões.
 

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$ 29,48 bilhões.
 

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.