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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Primeiro Trimestre de 2012
                    
               No 
primeiro trimestre de 2012, as exportações1 do Estado de São Paulo 
somaram US$12,68 bilhões (23,0% do total nacional), e as 
importações2, US$19,55 bilhões (37,1% do total nacional), 
registrando déficit de US$6,87 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre do ano 
de 2011, o valor das exportações paulistas cresceu 4,3% e o das importações, 
6,4%, aumentando em 10,5% o déficit comercial (Figura 1). O aumento nas 
exportações paulistas (+4,3%), comparando-se os primeiros três meses de 2012 e 
2011, ficou abaixo do crescimento médio brasileiro (+7,5%). Nas importações 
também ocorreu menor acréscimo em São Paulo (+6,4%) do que no Brasil (+9,5%) 
revelando maior rigidez das aquisições externas paulistas. Assim, na conjunção 
das performances das exportações e importações, o déficit da balança 
comercial paulista teve aumento expressivo (+10,5%), enquanto que a brasileira, 
ainda que mantenha superávit, apresentou queda expressiva 
(-22,3%). 
  
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, primeiro trimestre, 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Os 
agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-2,8%), atingindo 
US$4,15 bilhões, enquanto as importações cresceram 8,3%, somando US$2,49 
bilhões, com saldo de US$1,66 bilhão, 15,7% inferior ao do primeiro trimestre do 
ano de 2011 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações 
paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$17,06 
bilhões para exportações de US$8,53 bilhões, gerando um déficit externo desse 
agregado, de US$8,53 bilhões no primeiro trimestre de 2012. Assim, conclui-se 
que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o 
desempenho dos agronegócios estaduais. 
  
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Primeiro trimestre, de 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as 
cadeias de produção apresentaram saldos comerciais decrescentes quando se 
compara o primeiro trimestre de 2011 (US$ 2,46 bilhões) com o de 2012 (US$ 2,04 
bilhões). Esses indicadores são menores quando se considera toda amplitude das 
transações setoriais, cujo saldo também recua de US$ 1,97 bilhão nos primeiros 
três meses de 2011 para US$1,66 bilhão em igual período de 2012. Esse resultado 
se deu ainda que com queda do déficit na balança comercial de bens de capital e 
insumos, de US$ 0,49 bilhão em 2011 para US$ 0,38 bilhão em 2012 (Tabela 1). Os 
bens de capital e insumos são fundamentais para a modernidade da produção 
nacional, notadamente os fertilizantes nos quais têm elevada dependência 
externa. Entretanto, na maioria das vezes não são considerados nas análises do 
comércio exterior setorial, levando a saldos superestimados. 
  
  
| Tabela 1. - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Primeiro trimestre de 2011 e 2012 | |||||||||||
| 
       ( US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| 
       Cadeias de Produção  | 
    
       Bens de Capital e Insumos  | 
    
       Agronegócios  | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2011  | 
    
       4,07  | 
    
       1,61  | 
    
       2,46  | 
    
       0,20  | 
    
       0,69  | 
    
       -0,49  | 
    
       4,27  | 
    
       2,30  | 
    
       1,97  | ||
| 
       2012  | 
    
       3,85  | 
    
       1,81  | 
    
       2,04  | 
    
       0,30  | 
    
       0,68  | 
    
       -0,38  | 
    
       4,15  | 
    
       2,49  | 
    
       1,66  | ||
| 
       Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC  | |||||||||||
  
            Os 
cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos 
agronegócios paulistas no primeiro trimestre de 2012, foram: cana e sacarídeas 
(US$1,09 bilhão), frutas (701,37 milhões), bovídeos – bovinos (US$574,16 
milhões), produtos florestais (US$534,17 milhões) e bens de capital e insumos 
(US$300,21 milhões). Esses cinco agregados representam 77,05% das vendas 
externas setoriais paulistas (Tabela 2). 
  
  
| Tabela 2. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, Primeiro trimestre de 2011 e 2012. | ||||||
| 
       Grupos  | 
    
       2011  | 
    
       2012  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       56,65  | 
    
       1,33  | 
    
       55,94  | 
    
       1,35  | 
    
       -1,25  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       670,38  | 
    
       15,72  | 
    
       574,16  | 
    
       13,83  | 
    
       -14,35  | |
| 
       Pescado  | 
    
       1,11  | 
    
       0,03  | 
    
       1,96  | 
    
       0,05  | 
    
       76,74  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       306,52  | 
    
       7,19  | 
    
       215,64  | 
    
       5,19  | 
    
       -29,65  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       1.322,72  | 
    
       31,01  | 
    
       1.088,90  | 
    
       26,23  | 
    
       -17,68  | |
| 
       Frutas  | 
    
       595,64  | 
    
       13,97  | 
    
       701,37  | 
    
       16,89  | 
    
       17,75  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       8,56  | 
    
       0,20  | 
    
       8,33  | 
    
       0,20  | 
    
       -2,72  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       3,51  | 
    
       0,08  | 
    
       3,85  | 
    
       0,09  | 
    
       9,71  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       224,29  | 
    
       5,26  | 
    
       232,82  | 
    
       5,61  | 
    
       3,80  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       522,32  | 
    
       12,25  | 
    
       534,17  | 
    
       12,87  | 
    
       2,27  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       145,04  | 
    
       3,40  | 
    
       136,02  | 
    
       3,28  | 
    
       -6,22  | |
| 
       Fumo  | 
    
       0,49  | 
    
       0,01  | 
    
       1,40  | 
    
       0,03  | 
    
       184,73  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       216,90  | 
    
       5,09  | 
    
       297,10  | 
    
       7,16  | 
    
       36,98  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       191,05  | 
    
       4,48  | 
    
       300,21  | 
    
       7,23  | 
    
       57,13  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       4.265,18  | 
    
       100,00  | 
    
       4.151,86  | 
    
       100,00  | 
    
       -2,66  | |
| 
       Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.  | ||||||
  
            
Tiveram crescimento na comparação do primeiro trimestre de 2012 com 2011, as 
exportações paulistas de fumo (+184,73%), pescado (+76,74%), bens de capital e 
insumos (+57,13%), agronegócios especiais (+36,98%), frutas (+17,75%), flores e 
ornamentais (+9,71%), cereais/leguminosas/oleaginosas (+3,80%) e produtos 
florestais (+2,27%). Houve redução nas demais, ou seja, café e estimulantes 
(-29,65%), cana e sacarídeas (-17,68%), bovídeos – bovinos (-14,35%), suínos e 
aves (-6,22%), olerícolas (-2,72%) e têxteis (-1,25%)(Tabela 2). 
  
            A 
participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado 
recuou em 2,4 pontos percentuais, enquanto a participação das importações 
aumentou em 0,2 ponto percentual, na comparação dos primeiro trimestre de 2011 e 
2012 (Figura 3). 
  
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Primeiro trimestre de 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
balança comercial brasileira registrou superávit de US$2,44 bilhões no primeiro 
trimestre de 2012, com exportações de US$55,08 bilhões e importações de US$52,64 
bilhões. Esse superávit que se mostra 22,3% menor que dos primeiros três meses 
de 2011, ocorreu em função do aumento nas exportações (+7,5%) inferior ao das 
importações (+9,5%) (Figura 4). 
  
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Primeiro trimestre de 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            No 
primeiro trimestre de 2012, as exportações dos agronegócios brasileiros 
cresceram 9,1% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$20,40 
bilhões (37,0% do total). Já as importações do setor aumentaram 10,1%, também em 
comparação com os três primeiros meses de 2011, somando US$7,38 bilhões (14,0% 
do total). O superávit dos agronegócios no período foi de US$13,02 bilhões, 8,6% 
superior ao do primeiro trimestre do ano anterior (Figura 5). Portanto, o 
desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez 
que os demais setores, com exportações de US$ 34,68 bilhões e importações de US$ 
45,26 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 10,58 
bilhões. 
  
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Primeiro trimestre de 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            O 
detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os 
saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção 
aumentaram de US$ 13,69 bilhões no primeiro trimestre de 2011 para US$ 14,92 
bilhões em igual período de 2012. Esses valores são maiores que os resultados 
setoriais – US$ 11,99 bilhões em 2011 e US$ 13,92 bilhões em 2012 - em função do 
crescimento do déficit da balança comercial de bens de capital e insumos de US$ 
1,70 bilhão nos primeiros três meses de 2011 para US$ 1,90 bilhão em igual 
período de 2012 (Tabela 3), reflexo da dependência externa dos agronegócios 
brasileiros - notadamente importações de fertilizantes -, sendo que não 
considerar essas transações produz estimativas de saldos comerciais setoriais 
superestimados. 
  
  
| Tabela 3. –Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Primeiro trimestre de 2011 e 2012 | |||||||||||
| 
       ( US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| 
       Cadeias de Produção  | 
    
       Bens de Capital e Insumos  | 
    
       Agronegócios  | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2011  | 
    
       18,10  | 
    
       4,41  | 
    
       13,69  | 
    
       0,59  | 
    
       2,29  | 
    
       -1,70  | 
    
       18,69  | 
    
       6,70  | 
    
       11,99  | ||
| 
       2012  | 
    
       19,66  | 
    
       4,74  | 
    
       14,92  | 
    
       0,74  | 
    
       2,64  | 
    
       -1,90  | 
    
       20,40  | 
    
       7,38  | 
    
       13,02  | ||
| 
       Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC  | |||||||||||
            Em 
âmbito nacional, os cinco principais agregados de cadeias de produção nas 
exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 5,89 
bilhões); produtos florestais (US$ 2,34 bilhões), cana e sacarídeas 
(US$2,34bilhões), suínos e aves (US$ 2,24 bilhões) e bovídeos - bovinos (US$ 
2,13 bilhões). Essas cadeias totalizam 73,2% das vendas externas dos 
agronegócios brasileiros (Tabela 4). 
  
  
| Tabela 4. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, Primeiro trimestre de 2011 e 2012. | ||||||
| 
       Grupos  | 
    
       2011  | 
    
       2012  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       275  | 
    
       1,47  | 
    
       526  | 
    
       2,58  | 
    
       91,42  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       2.205  | 
    
       11,80  | 
    
       2.128  | 
    
       10,43  | 
    
       -3,49  | |
| 
       Pescado  | 
    
       28  | 
    
       0,15  | 
    
       35  | 
    
       0,17  | 
    
       22,72  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       2.057  | 
    
       11,01  | 
    
       1.878  | 
    
       9,21  | 
    
       -8,70  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       2.528  | 
    
       13,53  | 
    
       2.341  | 
    
       11,48  | 
    
       -7,39  | |
| 
       Frutas  | 
    
       812  | 
    
       4,35  | 
    
       967  | 
    
       4,74  | 
    
       19,07  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       53  | 
    
       0,28  | 
    
       59  | 
    
       0,29  | 
    
       11,20  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       6  | 
    
       0,03  | 
    
       6  | 
    
       0,03  | 
    
       -6,58  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       4.548  | 
    
       24,34  | 
    
       5.890  | 
    
       28,88  | 
    
       29,51  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       2.439  | 
    
       13,05  | 
    
       2.341  | 
    
       11,48  | 
    
       -4,02  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       2.178  | 
    
       11,65  | 
    
       2.239  | 
    
       10,98  | 
    
       2,82  | |
| 
       Fumo  | 
    
       373  | 
    
       2,00  | 
    
       555  | 
    
       2,72  | 
    
       48,75  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       599  | 
    
       3,21  | 
    
       696  | 
    
       3,41  | 
    
       16,14  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       587  | 
    
       3,14  | 
    
       734  | 
    
       3,60  | 
    
       25,10  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       18.689  | 
    
       100,00  | 
    
       20.395  | 
    
       100,00  | 
    
       9,13  | |
| 
       Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.  | ||||||
  
            
Tiveram crescimento as exportações brasileiras de têxteis 
(+91,42%),fumo(+48,75%), cereais/leguminosas/oleaginosas(+29,51%), bens de 
capital e insumo (+25,10%), pescado(+22,72%), frutas (+19,07%), agronegócios 
especiais (+16,14%), olerícolas (+11,20%)e suínos e aves (+ 2,82%). Nos demais 
grupos ocorreram diminuição: café e estimulantes (-8,70%), cana e sacarídeas 
(-7,39%), flores e ornamentais (-6,58%),produtos florestais (-4,02%) e bovídeos 
- bovinos (-3,49%)(Tabela 4). 
  
            As 
participações dos agronegócios nos totais do País aumentaram 0,5 ponto 
percentual nas exportações e 0,1 ponto percentual nas importações (Figura 
6). 
  
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Primeiro Trimestre de 2011 e 2012
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos 
das exportações (-0,7 pontos percentuais) e também no tocante às importações 
(-1,1 ponto percentual) (Figura 7). 
  
  
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Primeiro trimestre de 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Em 
relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo no 
primeiro trimestre de 2012 representaram 20,3%, ou seja, menos 2,5% que em igual 
período de 2011, enquanto as importações representaram 33,7%, sendo 0,6 ponto 
percentual inferior à representatividade verificada no mesmo período do ano 
anterior (Figura 8). 
  
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Primeiro trimestre de 2011 e 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Nas 
exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para os 
primeiros trimestres de 2011 e 2012, os produtos básicos apresentaram queda 
(-11,49%), assim como os produtos semi-manufaturados (-15,07%), com aumento dos 
manufaturados (+6,55%). Os produtos manufaturados apresentam a maior 
participação nas vendas externas (58,46%) totalizando US$ 2,43 bilhões no 
primeiro trimestre de 2012 (Tabela 5). 
  
  
| TABELA 5. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, Primeiro trimestre de 2011 e 2012. | ||||||
| 
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       1,03  | 
    
       24,21  | 
    
       0,91  | 
    
       22,01  | 
    
       -11,49  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       0,95  | 
    
       22,39  | 
    
       0,81  | 
    
       19,53  | 
    
       -15,07  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       2,28  | 
    
       53,41  | 
    
       2,43  | 
    
       58,46  | 
    
       6,55  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       4,27  | 
    
       100,00  | 
    
       4,15  | 
    
       100,00  | 
    
       -2,66  | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            No 
caso dos agronegócios brasileiros, com menor perfil de agregação de valor em 
relação a São Paulo, o maior aumento foi dos básicos (+17,22%), seguidos dos 
produtos manufaturados (+4,40%) com queda dos semimanufaturados (-5,00%). Os 
produtos básicos totalizando US$ 11,60 bilhões no primeiro trimestre de 2012, 
mostram a maior participação nas vendas externas setoriais (56,88%)(Tabela 
6). 
  
  
| TABELA 6. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, Primeiro Trimestre de 2011 e 2012. | ||||||
| 
       2.009  | 
    
       2.010  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       9,90  | 
    
       52,96  | 
    
       11,60  | 
    
       56,88  | 
    
       17,22  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       4,08  | 
    
       21,85  | 
    
       3,88  | 
    
       19,02  | 
    
       -5,00  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       4,71  | 
    
       25,19  | 
    
       4,92  | 
    
       24,10  | 
    
       4,40  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       18,69  | 
    
       100,00  | 
    
       20,40  | 
    
       100,00  | 
    
       9,13  | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
  
            Esses 
indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas no 
contexto nacional, uma vez que 56,88% do valor das exportações brasileiras dos 
agronegócios nos primeiros três meses do ano de 2012 corresponderam a produtos 
básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representam apenas 22,01% e a 
participação de produtos industrializados dos agronegócios se mostra muito maior 
(77,99%), evidenciando índices superiores de agregação de valor (Tabelas 5 e 
6). 
  
            A 
quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros aumentou em 8,3% 
no primeiro trimestre de 2012, quando comparada com ao mesmo período de 2011, 
enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo recuou 4,8%. Os preços 
dos produtos exportados pelos agronegócios cresceram 0,8% em nível nacional e 
2,2% no âmbito de São Paulo (Tabela 7). 
  
  
| TABELA 7. Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Primeiro Trimestre de 2012 em relação a igual período de 2011(1). | |||||
| 
       Setor  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | |||
| 
       Quantidade  | 
    
       Preço  | 
    
       Quantidade  | 
    
       Preço  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       8,3  | 
    
       0,8  | 
    
       -4,8  | 
    
       2,2  | |
| 
       Agronegócios exc. Bens de capital/insumos  | 
    
       7,9  | 
    
       0,6  | 
    
       -8,9  | 
    
       3,8  | |
| 
       (1) Variações em relação a igual período do ano anterior, baseadas em índices calculados pela fórmula de Fisher.  | |||||
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Entre 
as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários 
foi o grupo predominante no primeiro trimestre de 2012, representando 65,02% do 
valor total de exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso do 
Estado de São Paulo, esse grupo tem participação menor (48,20% do valor total) 
que a brasileira, pouco superior no estado à de bens de consumo 
(45,85%)(Tabela 8). 
  
  
| 
       TABELA 8. Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, Primeiro Trimestre de 2012.  | |||||||
| 
       Categorias de Uso  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | 
    
       SP/BR  | ||||
| 
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       %  | |||
| 
       Bens de capital  | 
    
       605.266  | 
    
       2,97  | 
    
       246.897  | 
    
       5,95  | 
    
       40,79  | ||
| 
       Bens de consumo  | 
    
       6.529.741  | 
    
       32,02  | 
    
       1.903.666  | 
    
       45,85  | 
    
       29,15  | ||
| 
       Matérias-primas e produtos intermediários  | 
    
       13.260.350  | 
    
       65,02  | 
    
       2.001.292  | 
    
       48,20  | 
    
       15,09  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       20.395.357  | 
    
       100  | 
    
       4.151.855  | 
    
       100  | 
    
       20,36  | ||
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
___________________________________________ 
1Estado produtor (Unidade da 
Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a 
Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os 
minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste 
último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do 
processo de fabricação para que o produto adote sua forma final. 
2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Tabelas Complementares
TABELA 1. Exportações, Importações e Saldo de Mercadorias dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 2. Exportações, Importações e Saldo por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 3. Exportações, Importações e Saldo por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Brasil
TABELA 4. Exportações, Importações e Saldo por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Estado de São Paulo
TABELA 5. Valor das Exportações, Importações e Saldo por Produto, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 6. Valor das Exportações, Importações e Saldo por Produto, Brasil
TABELA 7. Valor das Exportações, Importações e Saldo por Produto, Estado de São Paulo
TABELA 8. Variações de Quantidade e Preço das Exportações por Grupo de Mercadorias dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 9. Variações de Quantidade e Preço de Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 10. Exportações, Importações e Saldo de Mercadorias dos Agronegócios por Capítulo, Nomenclatura Comum do MERCOSUL, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 11. Principais Mercadorias Exportadas pelo Agronegócio, Brasil
TABELA 12. Principais Mercadorias Exportadas pelo Agronegócio, Estado de São Paulo
Data de Publicação: 17/04/2012
                Autor(es): 
                José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor              

                    
                        