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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no ano de 2011
                    
               
No ano de 2011, as exportações1 do Estado de São Paulo somaram US$ 
59,91 bilhões (23,4% do total nacional), e as 
importações2, US$ 82,16 bilhões (36,3% do total nacional), 
registrando déficit de US$ 22,25 bilhões. Em relação ao ano de 2010, o valor das 
exportações paulistas cresceu 14,6% e o das importações, 21,2%, aumentando em 
43,5% o déficit comercial (Figura 1). O aumento nas exportações paulistas 
(+14,6%), comparando-se os anos de 2011 e 2010, ficou abaixo do crescimento 
médio brasileiro (+26,8%). Nas importações também ocorreu menor acréscimo em São 
Paulo (+21,2%) do que no Brasil (+24,5%) revelando maior rigidez das aquisições 
externas paulistas. Assim, na conjunção das performances das exportações 
e importações, o déficit da balança comercial paulista aumentou (+43,5%), 
enquanto o superávit da brasileira apresentou expressivo incremento 
(+47,9%). 
  
  
Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Os 
agronegócios paulistas apresentaram exportações crescentes (+14,4%) em 2011, 
atingindo US$ 23,11 bilhões, enquanto as importações cresceram 31,1%, somando 
US$ 10,57 bilhões, com saldo de US$ 12,54 bilhões, 3,3% superior que no ano de 
2010 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações 
paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$ 71,59 
bilhões para exportações de US$ 36,80 bilhões, gerando um déficit externo desse 
agregado, de US$ 34,79 bilhões no ano de 2011. Assim, conclui-se que o comércio 
exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos 
agronegócios estaduais. 
  
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as 
cadeias de produção apresentaram saldos comerciais crescentes quando se compara 
o ano de 2010 (US$ 13,78 bilhões) com o de 2011 (US$ 15,11 bilhões). Esses 
indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações 
setoriais, cujo saldo avança de US$ 12,14 bilhões em 2010 para US$ 12,54 bilhões 
em 2011. Apesar de esse resultado, o déficit na balança comercial de bens de 
capital e insumos aumentou de US$ 1,64 bilhão em 2010 para US$ 2,57 bilhões em 
2011 (Tabela 1). Os bens de capital e insumos são fundamentais para a 
modernidade da produção nacional, notadamente os fertilizantes nos quais têm 
elevada dependência externa. Entretanto, na maioria das vezes não são 
considerados nas análises do comércio exterior setorial, levando a saldos 
superestimados. 
  
| 
       Tabela 1. - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, 2010 e 2011  | |||||||||||
| 
       ( US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| 
       Cadeias de Produção  | 
    
       Bens de Capital e Insumos  | 
    
       Agronegócios  | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2010  | 
    
       19,31  | 
    
       5,53  | 
    
       13,78  | 
    
       0,89  | 
    
       2,53  | 
    
       -1,64  | 
    
       20,20  | 
    
       8,06  | 
    
       12,14  | ||
| 
       2011  | 
    
       22,08  | 
    
       6,97  | 
    
       15,11  | 
    
       1,03  | 
    
       3,60  | 
    
       -2,57  | 
    
       23,11  | 
    
       10,57  | 
    
       12,54  | ||
| 
       Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC  | |||||||||||
            Os 
cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos 
agronegócios paulistas no ano de 2011 foram: cana e sacarídeas (US$ 10,34 
bilhões), bovídeos – bovinos (US$ 2,83 bilhões), frutas (US$ 2,48 bilhões), 
produtos florestais (US$ 2,25 bilhões) e café e estimulantes (US$ 1,12 bilhão). 
Esses cinco agregados representam 82,30% das vendas externas setoriais paulistas 
(Tabela 2). 
  
  
| 
       Tabela 2. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, 2010 e 2011.  | ||||||
| 
       Grupos  | 
    
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       280,51  | 
    
       1,39  | 
    
       260,74  | 
    
       1,13  | 
    
       -7,05  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       2.725,36  | 
    
       13,50  | 
    
       2.828,22  | 
    
       12,24  | 
    
       3,77  | |
| 
       Pescado  | 
    
       6,30  | 
    
       0,03  | 
    
       6,41  | 
    
       0,03  | 
    
       1,71  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       830,05  | 
    
       4,11  | 
    
       1.118,94  | 
    
       4,84  | 
    
       34,80  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       9.294,57  | 
    
       46,02  | 
    
       10.337,34  | 
    
       44,74  | 
    
       11,22  | |
| 
       Frutas  | 
    
       1.897,03  | 
    
       9,39  | 
    
       2.480,78  | 
    
       10,74  | 
    
       30,77  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       26,24  | 
    
       0,13  | 
    
       42,59  | 
    
       0,18  | 
    
       62,34  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       21,69  | 
    
       0,11  | 
    
       22,38  | 
    
       0,10  | 
    
       3,15  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       781,38  | 
    
       3,87  | 
    
       1.029,98  | 
    
       4,46  | 
    
       31,82  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       2.025,40  | 
    
       10,03  | 
    
       2.249,89  | 
    
       9,74  | 
    
       11,08  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       489,41  | 
    
       2,42  | 
    
       634,81  | 
    
       2,75  | 
    
       29,71  | |
| 
       Fumo  | 
    
       1,59  | 
    
       0,01  | 
    
       3,52  | 
    
       0,02  | 
    
       121,89  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       925,56  | 
    
       4,58  | 
    
       1.068,31  | 
    
       4,62  | 
    
       15,42  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       890,08  | 
    
       4,41  | 
    
       1.022,16  | 
    
       4,42  | 
    
       14,84  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       20.195,15  | 
    
       100,00  | 
    
       23.106,07  | 
    
       100,00  | 
    
       14,41  | |
| 
       Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.  | ||||||
            
Tiveram crescimento na comparação de 2011 com 2010, as exportações paulistas de 
fumo (+121,89%), olerícolas (+62,34%), café e estimulantes (+34,80%), 
cereais/leguminosas/oleaginosas (+31,82%), frutas (+30,77%), suínos e aves 
(+29,71%), agronegócios especiais (+15,42%), bens de capital e insumos 
(+14,84%), cana e sacarídeas (+11,22%), produtos florestais (+11,08%), bovídeos 
– bovinos (+3,77%), flores e ornamentais (+3,15%) e pescado (+1,71%). Houve 
redução apenas nos têxteis (-7,05%) (Tabela 2). 
  
            A 
participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado se 
manteve no mesmo percentual, enquanto a participação das importações aumentou em 
1,0 ponto percentual, na comparação de 2010 e 2011 (Figura 3). 
  
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 29,80 bilhões no ano de 
2011, com exportações de US$ 256,04 bilhões e importações de US$ 226,24 bilhões. 
Esse superávit que se mostra 47,9% maior do que em 2010, ocorreu em função do 
aumento nas exportações (+26,8%) superior ao das importações (+24,5%) (Figura 
4). 
  
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            No 
ano de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 23,8% em 
relação ao ano anterior, atingindo US$ 98,94 bilhões (38,6% do total). Já as 
importações do setor aumentaram 40,2%, também em comparação com 2010, somando 
US$ 33,26 bilhões (14,7% do total). O superávit dos agronegócios no período foi 
de US$ 65,68 bilhões, 16,8% superior ao do ano anterior (Figura 5). Portanto, o 
desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez 
que os demais setores, com importações de US$ 192,98 bilhões e exportações de 
US$ 157,10 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 35,88 
bilhões. 
  
  
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            O 
detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os 
saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção 
aumentaram de US$ 62,69 bilhões no ano de 2010 para US$ 76,90 bilhões em 2011. 
Esses valores são maiores que os resultados setoriais – US$ 56,22 bilhões em 
2010 e US$ 65,68 bilhões em 2011 - em função do crescimento do déficit da 
balança comercial de bens de capital e insumos de US$ 6,47 bilhões em 2010 para 
US$ 11,22 bilhões em 2011 (Tabela 3), reflexo da dependência externa dos 
agronegócios brasileiros - notadamente importações de fertilizantes -, sendo que 
não considerar essas transações produz estimativas de saldos comerciais 
setoriais superestimados. 
  
  
| 
       Tabela 3. –Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, 2010 e 2011  | |||||||||||
| 
       (US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| 
       Cadeias de Produção  | 
    
       Bens de Capital e Insumos  | 
    
       Agronegócios  | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2010  | 
    
       77,49  | 
    
       14,80  | 
    
       62,69  | 
    
       2,46  | 
    
       8,93  | 
    
       -6,47  | 
    
       79,95  | 
    
       23,73  | 
    
       56,22  | ||
| 
       2011  | 
    
       96,08  | 
    
       19,18  | 
    
       76,90  | 
    
       2,86  | 
    
       14,08  | 
    
       -11,22  | 
    
       98,94  | 
    
       33,26  | 
    
       65,68  | ||
| 
       Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC  | |||||||||||
            Em 
âmbito nacional, os seis principais agregados de cadeias de produção nas 
exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 29,00 
bilhões); cana e sacarídeas (US$16,48 bilhões), produtos florestais (US$ 9,97 
bilhões), suínos e aves (US$ 9,66 bilhões), bovídeos - bovinos (US$ 9,33 
bilhões) e café e estimulantes (US$ 9,23 bilhões). Essas cadeias totalizam 
84,60% das vendas externas dos agronegócios brasileiros (Tabela 
4). 
  
  
| 
       Tabela 4. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, 2010 e 2011.  | ||||||
| 
       Grupos  | 
    
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       1.741  | 
    
       2,18  | 
    
       2.463  | 
    
       2,49  | 
    
       41,49  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       8.886  | 
    
       11,11  | 
    
       9.330  | 
    
       9,43  | 
    
       4,99  | |
| 
       Pescado  | 
    
       222  | 
    
       0,28  | 
    
       226  | 
    
       0,23  | 
    
       2,00  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       6.247  | 
    
       7,81  | 
    
       9.226  | 
    
       9,32  | 
    
       47,70  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       13.816  | 
    
       17,28  | 
    
       16.475  | 
    
       16,65  | 
    
       19,24  | |
| 
       Frutas  | 
    
       2.942  | 
    
       3,68  | 
    
       3.646  | 
    
       3,68  | 
    
       23,93  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       182  | 
    
       0,23  | 
    
       279  | 
    
       0,28  | 
    
       53,67  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       34  | 
    
       0,04  | 
    
       35  | 
    
       0,04  | 
    
       4,24  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       20.333  | 
    
       25,43  | 
    
       29.002  | 
    
       29,31  | 
    
       42,64  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       9.555  | 
    
       11,95  | 
    
       9.968  | 
    
       10,07  | 
    
       4,32  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       8.182  | 
    
       10,23  | 
    
       9.662  | 
    
       9,76  | 
    
       18,08  | |
| 
       Fumo  | 
    
       2.762  | 
    
       3,45  | 
    
       2.935  | 
    
       2,97  | 
    
       6,26  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       2.588  | 
    
       3,24  | 
    
       2.830  | 
    
       2,86  | 
    
       9,34  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       2.465  | 
    
       3,08  | 
    
       2.868  | 
    
       2,90  | 
    
       16,35  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       79.955  | 
    
       100,00  | 
    
       98.945  | 
    
       100,00  | 
    
       23,75  | |
| 
       Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.  | ||||||
            
Tiveram crescimento as exportações brasileiras de olerícolas (+53,67%), café e 
estimulantes (+47,70%), cereais/leguminosas/ oleaginosas(+42,64%), têxteis 
(+41,49%), frutas (+23,93%),cana e sacarídeas (+19,24%), suínos e aves 
(+18,08%), bens de capital e insumos (+16,35%), agronegócios especiais (+9,34%), 
fumo (+6,26%), bovídeos – bovinos (+4,99%), produtos florestais (+4,32%), flores 
e ornamentais (+4,24%) e pescado (+2,00%) (Tabela 4). 
  
            As 
participações dos agronegócios nos totais do País recuaram 1,0 ponto percentual 
nas exportações e aumentaram 1,6 ponto percentual nas importações (Figura 
6). 
  
  
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos 
das exportações (-2,5 pontos percentuais) e também no tocante às importações 
(-1,0 ponto percentual) (Figura 7). 
  
  
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Em 
relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo no 
ano de 2011 representaram 23,4%, ou seja, menos 1,9 ponto percentual do que em 
igual período de 2010, enquanto as importações representaram 31,8%, sendo 2,2 
pontos percentuais inferior à verificada no ano anterior (Figura 
8). 
  
  
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, 2010 e 2011.
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            Nas 
exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para 
2010 e 2011, os produtos básicos apresentaram maior aumento (+22,61%), seguidos 
dos produtos manufaturados (14,60%) e dos semimanufaturados (+9,92%). Os 
produtos manufaturados apresentam a maior participação nas vendas externas 
(48,08%) totalizando US$ 11,10 bilhões no ano de 2011 (Tabela 5). 
  
  
| 
       TABELA 5. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, 2010 e 2011.  | ||||||
| 
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       3,58  | 
    
       17,72  | 
    
       4,39  | 
    
       18,99  | 
    
       22,61  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       6,93  | 
    
       34,31  | 
    
       7,62  | 
    
       32,97  | 
    
       9,92  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       9,69  | 
    
       47,96  | 
    
       11,10  | 
    
       48,04  | 
    
       14,60  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       20,20  | 
    
       100,00  | 
    
       23,11  | 
    
       100,00  | 
    
       14,41  | |
Fonte: Elaborada 
pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da 
SECEX/MDIC. 
  
  
            No 
caso dos agronegócios brasileiros, com menor perfil de agregação de valor em 
relação a São Paulo, o maior aumento também foi dos básicos (+31,89%), seguidos 
dos produtos semimanufaturados (+19,55%) e dos manufaturados (+10,28%). Os 
produtos básicos, totalizando US$ 55,42 bilhões no ano de 2011, mostram a maior 
participação nas vendas externas setoriais nacionais (56,01%) (Tabela 
6). 
  
  
| 
       TABELA 6. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, 2010 e 2011.  | ||||||
| 
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       42,02  | 
    
       52,55  | 
    
       55,42  | 
    
       56,01  | 
    
       31,89  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       18,24  | 
    
       22,81  | 
    
       21,80  | 
    
       22,03  | 
    
       19,55  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       19,70  | 
    
       24,64  | 
    
       21,72  | 
    
       21,96  | 
    
       10,28  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       79,95  | 
    
       100,00  | 
    
       98,94  | 
    
       100,00  | 
    
       23,75  | |
Fonte: Elaborada 
pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da 
SECEX/MDIC. 
  
  
            Esses 
indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas no 
contexto nacional, uma vez que 56,01% do valor das exportações brasileiras dos 
agronegócios no ano de 2011 corresponderam a produtos básicos. Em São Paulo, os 
produtos básicos representam apenas 18,99% e a participação de produtos 
industrializados dos agronegócios se mostra muito maior (81,01%), evidenciando 
índices superiores de agregação de valor (Tabelas 5 e 6). 
  
            A 
quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros praticamente se 
mante (-0,1%) no ano de 2011, quando comparada com 2010, enquanto a quantidade 
exportada pelo Estado de São Paulo recuou 9,8%. Os preços dos produtos 
exportados pelos agronegócios cresceram 23,8% em nível nacional e 26,9% no 
âmbito de São Paulo (Tabela 7). 
  
  
| 
       TABELA 7. Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, de 2011 em relação a 2010(1).  | |||||
| 
       Setor  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | |||
| 
       Quantidade  | 
    
       Preço  | 
    
       Quantidade  | 
    
       Preço  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       -0,1  | 
    
       23,8  | 
    
       -9,8  | 
    
       26,9  | |
| 
       Agronegócios exc. Bens de capital/insumos  | 
    
       -0,2  | 
    
       24,3  | 
    
       -10,6  | 
    
       28,0  | |
| 
       (1) Variações em relação a igual período do ano anterior, baseadas em índices calculados pela fórmula de Fisher.  | |||||
Fonte: Elaborada 
pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da 
SECEX/MDIC. 
  
  
            Entre 
as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários 
foi o grupo predominante no ano de 2011, representando 67,81% do valor total de 
exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso do Estado de São 
Paulo, esse grupo tem participação que, embora menor (57,48% do valor total), se 
mostra superior à de bens de consumo (39,01%)(Tabela 8). 
| 
       TABELA 8. Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, em 2011.  | |||||||
| 
       Categorias de Uso  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | 
    
       SP/BR  | ||||
| 
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       %  | |||
| 
       Bens de capital  | 
    
       2.285.436  | 
    
       2,31  | 
    
       811.226  | 
    
       3,51  | 
    
       35,50  | ||
| 
       Bens de consumo  | 
    
       29.566.336  | 
    
       29,88  | 
    
       9.013.758  | 
    
       39,01  | 
    
       30,49  | ||
| 
       Matérias-primas e produtos intermediários  | 
    
       67.093.210  | 
    
       67,81  | 
    
       13.281.084  | 
    
       57,48  | 
    
       19,79  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       98.944.982  | 
    
       100,00  | 
    
       23.106.068  | 
    
       100,00  | 
    
       23,35  | ||
Fonte: 
Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da 
SECEX/MDIC. 
_________________________________________________________ 
¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Tabelas Complementares
TABELA 1. Exportações, Importações e Saldo de Mercadorias dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 2. Exportações, Importações e Saldo por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 3. Exportações, Importações e Saldo por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Brasil
TABELA 4. Exportações, Importações e Saldo por Grupo de Mercadorias e Fator Agregado, Estado de São Paulo
TABELA 5. Valor das Exportações, Importações e Saldo por Produto, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 6. Valor das Exportações, Importações e Saldo por Produto, Brasil
TABELA 7. Valor das Exportações, Importações e Saldo por Produto, Estado de São Paulo
TABELA 8. Variações de Quantidade e Preço das Exportações por Grupo de Mercadorias dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 9. Variações de Quantidade e Preço de Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 10. Exportações, Importações e Saldo de Mercadorias dos Agronegócios por Capítulo, Nomenclatura Comum do MERCOSUL, Brasil e Estado de São Paulo
TABELA 11. Principais Mercadorias Exportadas pelo Agronegócio, Brasil
TABELA 12. Principais Mercadorias Exportadas pelo Agronegócio, Estado de São Paulo
Data de Publicação: 12/01/2012
                Autor(es): 
                José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor              

                    
                        