Os agronegócios paulistas também apresentaram exportações crescentes (15,8%), atingindo US$19,45 bilhões, enquanto que as importações tiveram maior acréscimo (32,9%), somando US$8,64 bilhões, com aumento de 5,0% no saldo comercial em relação a janeiro a outubro de 2010, atingindo US$10,81 bilhões³ (Figura 2). Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$60,19 bilhões para exportações de US$30,04 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$30,15 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos mantiveram-se positivos.
 

            A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado teve redução de 0,2 ponto percentual enquanto a participação das importações aumentou 0,9 ponto percentual na comparação de janeiro a outubro de 2011 com o mesmo período de 2010 (Figura 3).
 

            A balança comercial brasileira registrou superávit de US$25,39 bilhões de janeiro a outubro de 2011, com exportações de US$212,14 bilhões e importações de US$186,75 bilhões. Com isso houve aumento no saldo comercial (74,9%), em função do crescimento das exportações (29,9%) maior do que a elevação das importações (25,5%) (Figura 4). Nestes termos, os maiores preços internacionais das commodities neste início de 2011 beneficiaram as vendas externas brasileiras.
 

            De janeiro a outubro de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 23,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$82,76 bilhões (39,0% do total). Já as importações do setor elevaram-se em 42,6%, também em comparação com janeiro a outubro de 2010, somando US$27,09 bilhões (14,5% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a outubro de 2011 foi de US$55,67 bilhões⁴, sendo 16,3% superior ao do mesmo período do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 129,38 bilhões e importações de US$159,66 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 30,28 bilhões
 

            As participações dos agronegócios nos totais do País recuaram em termos das exportações (-1,9 pontos percentuais) e aumentaram com relação às importações (1,7 ponto percentual) (Figura 6).
 

            A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-2,7 pontos percentuais) e também no tocante às importações (-0,6 ponto percentual) (Figura 7).
 
 

            Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a outubro de 2011 representaram 23,5%, ou seja, 1,6 ponto percentual a menos que no mesmo período em 2010, enquanto as importações representaram 31,9%, sendo 2,3 pontos percentuais inferior à verificada no ano passado (Figura 8). 

Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Outubro de 2011.

Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
 

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¹Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

²Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

³Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios paulistas foi de US$13,00 bilhões.

⁴Excluindo-se bens de capital e insumos provenientes dos Demais Setores, o superávit dos agronegócios brasileiros foi de US$64,79 bilhões.

Palavras-chave: agronegócios, balança comercial, exportações, importações.