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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Primeiro Trimestre de 2011
                    
   Figura 1 - Balança 
Comercial, Estado de São Paulo, primeiro trimestre, 2010 e 
2011.  Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.              Os 
agronegócios paulistas apresentaram exportações crescentes (+11,2%), atingindo 
US$4,27 bilhões, enquanto as importações cresceram 34,5%, somando US$2,30 
bilhões, com saldo de US$1,97 bilhão, 7,5% inferior que o do primeiro trimestre 
do ano de 2010 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as 
importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram 
US$16,07 bilhões para exportações de US$7,89 bilhões, gerando um déficit externo 
desse agregado, de US$8,18 bilhões no primeiro trimestre de 2011. Assim, 
conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse 
o desempenho dos agronegócios estaduais.  Figura 2 - 
Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Primeiro trimestre, de 
2010 e 2011  Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.              
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as 
cadeias de produção apresentaram saldos comerciais crescentes quando se compara 
o primeiro trimestre de 2010 (US$2,35 bilhões) com o de 2011 (US$2,47 bilhões). 
Esses indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações 
setoriais, cujo saldo cresce de US$2,13 bilhões nos primeiros três meses de 2010 
para US$1,97 bilhão em igual período de 2011. Esse resultado deriva da elevação 
do déficit na balança comercial de bens de capital e insumos, de US$0,22 bilhão 
em 2010 para US$0,50 bilhão em 2011 (Tabela 1). Os bens de capital e insumos são 
fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os 
fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Entretanto, na maioria 
das vezes não são considerados nas análises do comércio exterior setorial, 
levando a saldos superestimados.  
            No 
primeiro trimestre de 2011, as exportações1 do Estado de São Paulo 
somaram US$12.16 bilhões (23,7% do total nacional), e as 
importações2, US$18,37 bilhões (38,2% do total nacional), 
registrando déficit de US$6,21 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre do ano 
de 2010, o valor das exportações paulistas cresceu 13,2% e o das importações, 
24,8%, aumentando em 56,0% o déficit comercial (Figura 1). O aumento nas 
exportações paulistas (+13,2%), comparando-se os primeiros três meses de 2011 e 
2010, ficou abaixo do crescimento médio brasileiro (+30,6%). Nas importações 
também ocorreu menor acréscimo em São Paulo (+24,8%) do que no Brasil (+25,3%) 
revelando maior rigidez das aquisições externas paulistas. Assim, na conjunção 
das performances das exportações e importações, o déficit da balança 
comercial paulista teve aumento expressivo (+56,0%), enquanto o superávit da 
brasileira apresentou expressivo incremento (+260,2%). 
  
  
 
 
  
  
 
 
  
  
  
  
  
     
  Tabela 1. - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança 
      Comercial dos Agronegócios, Primeiro trimestre de 2010 e 
      2011 
     
  
       
     
  
     Cadeias de 
Produção 
    
     
       
    
     
       
     
  Ano 
    
       
    
       
    
       
    
     
       
    
       
    
       
    
     
       
    
       
    
       
     
  
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
     
  
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
    
       
     Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da 
      SECEX/MDIC. 
            Os 
cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos 
agronegócios paulistas no primeiro trimestre de 2011, foram: cana e sacarídeas 
(US$1,32 bilhão), bovídeos – bovinos (US$671,35 milhões), frutas (US595,64 
milhões), produtos florestais (US$522,32 milhões) e café e estimulantes 
(US$306,52 milhões). Esses cinco agregados representam 80,13% das vendas 
externas setoriais paulistas (Tabela 2). 
  
  
| Tabela 2. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, Primeiro trimestre de 2010 e 2011 | ||||||
| 
       Grupos  | 
    
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       61,42  | 
    
       1,60  | 
    
       56,65  | 
    
       1,33  | 
    
       -7,76  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       615,03  | 
    
       16,03  | 
    
       671,35  | 
    
       15,74  | 
    
       9,16  | |
| 
       Pescado  | 
    
       1,52  | 
    
       0,04  | 
    
       1,11  | 
    
       0,03  | 
    
       -26,85  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       183,66  | 
    
       4,79  | 
    
       306,52  | 
    
       7,18  | 
    
       66,90  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       1.387,52  | 
    
       36,17  | 
    
       1.322,72  | 
    
       31,00  | 
    
       -4,67  | |
| 
       Frutas  | 
    
       416,40  | 
    
       10,86  | 
    
       595,64  | 
    
       13,96  | 
    
       43,04  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       4,36  | 
    
       0,11  | 
    
       8,56  | 
    
       0,20  | 
    
       96,28  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       4,56  | 
    
       0,12  | 
    
       3,51  | 
    
       0,08  | 
    
       -22,92  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       185,09  | 
    
       4,83  | 
    
       224,29  | 
    
       5,26  | 
    
       21,18  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       484,80  | 
    
       12,64  | 
    
       522,32  | 
    
       12,24  | 
    
       7,74  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       106,44  | 
    
       2,77  | 
    
       145,04  | 
    
       3,40  | 
    
       36,26  | |
| 
       Fumo  | 
    
       0,80  | 
    
       0,02  | 
    
       0,49  | 
    
       0,01  | 
    
       -38,93  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       213,64  | 
    
       5,57  | 
    
       216,90  | 
    
       5,08  | 
    
       1,53  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       170,78  | 
    
       4,45  | 
    
       191,05  | 
    
       4,48  | 
    
       11,87  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       3.836,01  | 
    
       100,00  | 
    
       4.266,15  | 
    
       100,00  | 
    
       11,21  | |
| Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. | ||||||
            
Tiveram crescimento na comparação do primeiro trimestre de 2011 com 2010, as 
exportações paulistas de olerícolas (96,28%), café e estimulantes (+66,90%), 
frutas (+43,04%), suínos e aves (+36,26%), cereais/leguminosas/oleaginosas 
(+21,18%), bens de capital e insumos(+11,87%), bovídeos – bovinos (+9,16%), 
produtos florestais (+7,74%) e agronegócios especiais (+1,53%). Houve redução 
nas demais, sendo fumo (-38,93%), pescado (-26,85%), flores e ornamentais 
(-22,92%), têxteis (-7,76%) e, principalmente em valores, cana e sacarídeas 
(-4,67%) (Tabela 2). 
  
            A 
participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado 
recuou em 0,7 ponto percentual, enquanto a participação das importações aumentou 
em 0,9 ponto percentual, na comparação dos primeiro trimestre de 2010 e 2011 
(Figura 3). 
  
Figura 3 - 
Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, 
Primeiro trimestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
            A 
balança comercial brasileira registrou superávit de US$3,17 bilhões no primeiro 
trimestre de 2011, com exportações de US$51,23 bilhões e importações de US$48,06 
bilhões. Esse superávit que se mostra 260,2% maior que dos primeiros três meses 
de 2010, ocorreu em função do aumento nas exportações (+30,6%) superior ao das 
importações (+25,3%) (Figura 4). 
  
Figura 4 - Balança Comercial, 
Brasil, Primeiro trimestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada pelo 
IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
            No 
primeiro trimestre de 2011, as exportações dos agronegócios brasileiros 
cresceram 23,0% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$18,69 
bilhões (36,5% do total). Já as importações do setor aumentaram 37,3%, também em 
comparação com os três primeiros meses de 2010, somando US$6,70 bilhões (13,9% 
do total). O superávit dos agronegócios no período foi de US$11,99 bilhões, 
16,3% superior ao do primeiro trimestre do ano anterior (Figura 5). Portanto, o 
desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez 
que os demais setores, com exportações de US$32,54 bilhões e importações de 
US$41,36 bilhões, produziram no período um déficit de US$8,82 
bilhões. 
  
Figura 5 - Balança 
Comercial dos Agronegócios, Brasil, Primeiro trimestre de 2010 e 
2011 
  
Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
            O 
detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os 
saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção 
aumentaram de US$ 11,34 bilhões no primeiro trimestre de 2010 para US$ 13,6 
bilhões em igual período de 2011. Esses valores são maiores que os resultados 
setoriais - US$10,31 bilhões em 2010 e US$11,99 bilhões em 2011 - em função do 
crescimento do déficit da balança comercial de bens de capital e insumos de 
US$1,03 bilhão nos primeiros três meses de 2010 para US$ 1,70 bilhão em igual 
período de 2011 (Tabela 3), reflexo da dependência externa dos agronegócios 
brasileiros - notadamente importações de fertilizantes -, sendo que não 
considerar essas transações produz estimativas de saldos comerciais setoriais 
superestimados. 
  
  
| Tabela 3. - Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Primeiro trimestre de 2010 e 2011 | |||||||||||
| 
       (US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| Cadeias de Produção | 
       | 
    
       | |||||||||
| 
       Ano  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2010  | 
    
       14,73  | 
    
       3,39  | 
    
       11,34  | 
    
       0,46  | 
    
       1,49  | 
    
       -1,03  | 
    
       15,19  | 
    
       4,88  | 
    
       10,31  | ||
| 
       2011  | 
    
       18,10  | 
    
       4,41  | 
    
       13,69  | 
    
       0,59  | 
    
       2,29  | 
    
       -1,70  | 
    
       18,69  | 
    
       6,70  | 
    
       11,99  | ||
| Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC. | |||||||||||
            Em 
âmbito nacional, os seis principais agregados de cadeias de produção nas 
exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$4,55 
bilhões); cana e sacarídeas (US$2,53 bilhões), produtos florestais (US$2,44 
bilhões), bovídeos - bovinos (US$2,21 bilhões), suínos e aves (US$2,18 bilhões) 
e café e estimulantes (US$2,06 bilhões). Essas cadeias totalizam 85,40% das 
vendas externas dos agronegócios brasileiros (Tabela 4). 
  
            
Tiveram crescimento as exportações brasileiras de café e estimulantes (+61,32%), 
olerícolas (+54,11%), cereais/leguminosas/oleaginosas (+44,64%), frutas (+ 
31,08%), bens de capital e insumos (+27,71%), suínos e aves (+22,26%), fumo 
(+16,49%), cana e sacarídeas (+10,30%), produtos florestais(+8,49%), bovídeos – 
bovinos (+7,75%) e agronegócios especiais (+3,45%). Nos demais três grupos 
ocorreram diminuição: têxteis (-20,53%), flores e ornamentais (-17,53%) e 
pescado (-11,27%) (Tabela 4). 
  
  
| Tabela 4. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, Primeiro trimestre de 2010 e 2011 | ||||||
| 
       Grupos  | 
    
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| 
       Têxteis  | 
    
       346  | 
    
       2,28  | 
    
       275  | 
    
       1,47  | 
    
       -20,53  | |
| 
       Bovídeos – bovinos  | 
    
       2.046  | 
    
       13,48  | 
    
       2.205  | 
    
       11,80  | 
    
       7,75  | |
| 
       Pescado  | 
    
       32  | 
    
       0,21  | 
    
       28  | 
    
       0,15  | 
    
       -11,27  | |
| 
       Café e estimulantes  | 
    
       1.275  | 
    
       8,40  | 
    
       2.057  | 
    
       11,01  | 
    
       61,32  | |
| 
       Cana e sacarídeas  | 
    
       2.292  | 
    
       15,09  | 
    
       2.528  | 
    
       13,53  | 
    
       10,30  | |
| 
       Frutas  | 
    
       620  | 
    
       4,08  | 
    
       812  | 
    
       4,35  | 
    
       31,08  | |
| 
       Olerícolas  | 
    
       34  | 
    
       0,22  | 
    
       53  | 
    
       0,28  | 
    
       54,11  | |
| 
       Flores e ornamentais  | 
    
       8  | 
    
       0,05  | 
    
       6  | 
    
       0,03  | 
    
       -17,53  | |
| 
       Cereais/leguminosas/oleaginosas  | 
    
       3.144  | 
    
       20,71  | 
    
       4.548  | 
    
       24,34  | 
    
       44,64  | |
| 
       Produtos florestais  | 
    
       2.248  | 
    
       14,81  | 
    
       2.439  | 
    
       13,05  | 
    
       8,49  | |
| 
       Suínos e aves  | 
    
       1.781  | 
    
       11,73  | 
    
       2.178  | 
    
       11,65  | 
    
       22,26  | |
| 
       Fumo  | 
    
       320  | 
    
       2,11  | 
    
       373  | 
    
       2,00  | 
    
       16,49  | |
| 
       Agronegócios especiais  | 
    
       579  | 
    
       3,81  | 
    
       599  | 
    
       3,21  | 
    
       3,45  | |
| 
       Bens de capital e insumos  | 
    
       460  | 
    
       3,03  | 
    
       587  | 
    
       3,14  | 
    
       27,71  | |
| 
       Agronegócios  | 
    
       15.186  | 
    
       100,00  | 
    
       18.689  | 
    
       100,00  | 
    
       23,07  | |
| Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. | ||||||
            As 
participações dos agronegócios nos totais do País recuaram 2,2 pontos 
percentuais nas exportações e aumentaram 1,2 ponto percentual nas importações 
(Figura 6). 
  
Figura 6 - 
Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Primeiro Trimestre 
de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
            A 
participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos 
das exportações (-3,7 pontos percentuais) e também no tocante às importações 
(-0,2 ponto percentual) (Figura 7). 
  
Figura 7 - 
Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Primeiro 
trimestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
            Em 
relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo no 
primeiro trimestre de 2011 representaram 22,8%, ou seja, menos 2,5% que em igual 
período de 2010, enquanto as importações representaram 34,3%, sendo 0,7 ponto 
percentual inferior à representatividade verificada no mesmo período do ano 
anterior (Figura 8). 
  
Figura 8 - 
Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Primeiro 
trimestre de 2010 e 2011 
  
Fonte: Elaborada 
pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
            Nas 
exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para os 
primeiros trimestres de 2010 e 2011, os produtos básicos apresentaram maior 
aumento (+31,52%), seguido dos produtos manufaturados (+17,62%), com queda dos 
semi-manufaturados (-14,25%). Os produtos manufaturados apresentam a maior 
participação nas vendas externas (53,39%) totalizando US$ 2,28 bilhões no 
primeiro trimestre de 2011 (Tabela 5). 
  
  
| TABELA 5. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, Primeiro trimestre de 2010 e 2011 | ||||||
| 
       2.010  | 
    
       2.011  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       0,79  | 
    
       20,48  | 
    
       1,03  | 
    
       24,22  | 
    
       31,52  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       1,11  | 
    
       29,04  | 
    
       0,96  | 
    
       22,39  | 
    
       -14,25  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       1,94  | 
    
       50,49  | 
    
       2,28  | 
    
       53,39  | 
    
       17,62  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       3,84  | 
    
       100,00  | 
    
       4,27  | 
    
       100,00  | 
    
       11,21  | |
Fonte: Elaborada pelo 
Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da 
SECEX/MDIC. 
  
            No 
caso dos agronegócios brasileiros, ainda que com menor perfil de agregação de 
valor em relação a São Paulo, o maior aumento também foi dos básicos (+30,95%), 
seguidos dos produtos semi-manufaturados (+20,75%) e dos manufaturados 
(+10,89%). Os produtos básicos totalizando US$ 9,90 bilhões no primeiro 
trimestre de 2011, mostram a maior participação nas vendas externas setoriais 
(52,96%)(Tabela 6). 
  
  
| TABELA 6. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, Primeiro Trimestre de 2010 e 2011 | ||||||
| 
       2.009  | 
    
       2.010  | 
    |||||
| 
       Produtos  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| 
       Básicos  | 
    
       7,56  | 
    
       49,77  | 
    
       9,90  | 
    
       52,96  | 
    
       30,95  | |
| 
       Semi-manufaturados  | 
    
       3,38  | 
    
       22,27  | 
    
       4,08  | 
    
       21,85  | 
    
       20,75  | |
| 
       Manufaturados  | 
    
       4,25  | 
    
       27,96  | 
    
       4,71  | 
    
       25,19  | 
    
       10,89  | |
| 
       AGRONEGÓCIOS  | 
    
       15,19  | 
    
       100,00  | 
    
       18,69  | 
    
       100,00  | 
    
       23,07  | |
            Esses 
indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas no 
contexto nacional, uma vez que 52,96% do valor das exportações brasileiras dos 
agronegócios nos primeiros três meses do ano de 2011 corresponderam a produtos 
básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representam apenas 24,22% e a 
participação de produtos industrializados dos agronegócios se mostra muito maior 
(75,78%), evidenciando índices superiores de agregação de valor (Tabelas 5 e 
6). 
  
            A 
quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros reduziu-se em 0,7% 
no primeiro trimestre de 2011, quando comparada com ao mesmo período de 2010, 
enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo recuou 11,4%. Os preços 
dos produtos exportados pelos agronegócios cresceram 23,9% em nível nacional e 
25,6% no âmbito de São Paulo (Tabela 7). 
  
  
| TABELA 7. Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Primeiro Trimestre de 2011 em relação a igual período de 20101 | |||||
| 
       Setor  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | |||
| 
       Quantidade  | 
    
       Preço  | 
    
       Quantidade  | 
    
       Preço  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       -0,7  | 
    
       23,9  | 
    
       -11,4  | 
    
       25,6  | |
| 
       Agronegócios exc. Bens de capital/insumos  | 
    
       -1,2  | 
    
       24,4  | 
    
       -12,0  | 
    
       26,3  | |
| 1Variações em relação a igual período do ano anterior, baseadas em índices calculados pela fórmula de Fisher. | |||||
            Entre 
as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários 
foi o grupo predominante no primeiro trimestre de 2011, representando 63,89% do 
valor total de exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso do 
Estado de São Paulo, esse grupo tem participação que, embora menor (51,04% do 
valor total), se mostra superior à de bens de consumo (45,59%) (Tabela 
8). 
  
  
| TABELA 8. Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, Primeiro Trimestre de 2011 | |||||||
| 
       Categorias de Uso  | 
    
       Brasil  | 
    
       São Paulo  | 
    
       SP/BR  | ||||
| 
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       %  | |||
| 
       Bens de capital  | 
    
       465.968  | 
    
       2,49  | 
    
       143.585  | 
    
       3,37  | 
    
       30,81  | ||
| 
       Bens de consumo  | 
    
       6.282.961  | 
    
       33,62  | 
    
       1.945.096  | 
    
       45,59  | 
    
       30,96  | ||
| 
       Matérias-primas e produtos intermediários  | 
    
       11.939.781  | 
    
       63,89  | 
    
       2.177.469  | 
    
       51,04  | 
    
       18,24  | ||
| 
       Agronegócios  | 
    
       18.688.710  | 
    
       100  | 
    
       4.266.150  | 
    
       100  | 
    
       22,83  | ||
_________________________________________________________________ 
NOTAS 
1Estado produtor 
(Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de 
exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos 
agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou 
parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi 
completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua 
forma final. 
2Estado importador 
(Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do 
domicílio fiscal do importador. 
  
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 13/04/2011
                Autor(es): 
                José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor              

                    
                        