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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro a Setembro de 2009
                    
             Nos 
primeiros nove meses de 2009, as exportações do Estado de São Paulo1 
somaram US$30,64 bilhões (27,4% do total nacional), e as 
importações2, US$36,13 bilhões (39,9% do total nacional), 
registrando déficit de US$5,49 bilhões. Em relação ao mesmo período no ano de 
2008, o valor das exportações paulistas recuou 29,6% e o das importações, 27,7%, 
reduzindo em 14,5% o déficit comercial (Figura 1). A queda nas exportações 
paulistas (-29,6%), comparando-se os primeiros nove meses de 2009 e 2008, ficou 
acima da diminuição média brasileira (-25,9%). Nas importações ocorreu menor 
redução em São Paulo (-27,7%) do que no Brasil (-31,0%) revelando maior rigidez 
das aquisições externas paulistas. Assim, na conjunção das performances 
das exportações e importações, em relação aos primeiros nove meses de 2008, 
houve redução do déficit da balança comercial paulista (-14,5%), enquanto o 
superávit da brasileira apresentou incremento 
(+8,0%).    Figura 1 - Balança 
Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro, de 2008 e 
2009. 
  
Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-10,0%), atingindo US$11,48 bilhões, enquanto as importações recuaram 22,1%, somando US$4,45 bilhões, com saldo de US$7,03 bilhões, praticamente igual (-0,1%) ao verificado nos primeiros nove meses do ano de 2008 (Figura 2). Em função disso, há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$31,68 bilhões para exportações de US$19,16 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado, de US$12,52 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2009. Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais.
Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios, Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro, de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
                
Detalhando a balança comercial dos agronegócios paulistas, verifica-se que as 
cadeias de produção apresentaram saldos comerciais decrescentes quando se 
compara os primeiros nove meses de 2008 (US$ 8,10 bilhões) com o ano de 2009 
(US$ 8,50 bilhões). Esses indicadores são menores quando se considera toda 
amplitude das transações setoriais, cujo saldo praticamente se mantém, passando 
de US$ 7,04 bilhões nos primeiros nove meses de 2008 para os US$ 7,03 bilhões em 
igual período de 2009. Essa queda deriva da continuidade, ainda que menor, do 
déficit na balança comercial de bens de capital e insumos de US$ 1,43 bilhão em 
2008 para US$ 1,11 bilhão em 2009 (Tabela 1). Os bens de capital e insumos são 
fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os 
fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Exatamente os menores 
gastos com agroquímicos levaram à redução das importações e do déficit da conta 
de bens de capital e insumos, que na maioria das vezes não são considerados nas 
análises do comércio exterior setorial, levando a saldos setoriais 
superestimados. 
  
| Tabela 1. - Estado de São Paulo - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009 | |||||||||||
| 
       ( US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| Cadeias de Produção | 
       | 
    
       | |||||||||
| Ano | 
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2008  | 
    
       12,01  | 
    
       3,54  | 
    
       8,47  | 
    
       0,74  | 
    
       2,17  | 
    
       -1,43  | 
    
       12,75  | 
    
       5,71  | 
    
       7,04  | ||
| 
       2009  | 
    
       11,03  | 
    
       2,89  | 
    
       8,14  | 
    
       0,45  | 
    
       1,56  | 
    
       -1,11  | 
    
       11,48  | 
    
       4,45  | 
    
       7,03  | ||
| Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC | |||||||||||
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado aumentou em 8,2 pontos percentuais, enquanto a participação das importações cresceu 0,9 ponto percentual, na comparação dos primeiros nove meses de 2008 e 2009 (Figura 3).
Figura 3 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
balança comercial brasileira registrou superávit de US$21,27 bilhões de janeiro 
a setembro de 2009, com exportações de US$111,80 bilhões e importações de 
US$90,53 bilhões. Esse superávit 8,0% maior que dos primeiros nove meses de 2008 
- ocorreu em função de queda nas exportações (-25,9%) inferior à das importações 
(-31,0%) (Figura 4). 
  
Figura 4 - Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Nos primeiros nove meses de 2009, as exportações dos agronegócios brasileiros reduziram-se em 12,4% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$51,38 bilhões (46,0% do total). Já as importações do setor recuaram 34,0%, também em comparação com os nove primeiros meses de 2008, somando US$13,26 bilhões (14,6% do total). O superávit dos agronegócios em 2009 foi de US$38,12 bilhões, 1,1% inferior ao de janeiro a setembro do ano anterior (Figura 5). Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 60,42 bilhões e importações de US$ 77,27 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 16,85 bilhões.
Figura 5 - Balança Comercial dos Agronegócios, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            O 
detalhamento da balança comercial dos agronegócios brasileiros mostra que os 
saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção 
recuaram de US$ 46,48 bilhões nos primeiros nove meses de 2008 para US$ 42,31 
bilhões em igual período de 2009. Esses valores são maiores que os resultados 
setoriais – US$ 38,56 bilhões em 2008 e US$ 38,12 bilhões em 2009 - em função do 
déficit da balança comercial de bens de capital e insumos que recuou de US$ 7,91 
bilhões nos primeiros nove meses de 2008 para US$ 4,19 bilhões em igual período 
de 2009 (Tabela 2), reflexo da dependência externa dos agronegócios brasileiros 
- notadamente importações de fertilizantes -, sendo que não considerar essas 
transações produz estimativas de saldos comerciais setoriais 
superestimados. 
  
| Tabela 2. –Brasil - Detalhamento da Balança Comercial dos Agronegócios, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009 | |||||||||||
| 
       ( US$ 
      bilhão)  | |||||||||||
| Cadeias de Produção | 
       | 
    
       | |||||||||
| Ano | 
       Exp.  | 
    
       Imp.  | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | 
    
       Exp.  | 
    
       Imp.   | 
    
       Saldo  | ||
| 
       2008  | 
    
       56,22  | 
    
       9,74  | 
    
       46,48  | 
    
       2,45  | 
    
       10,36  | 
    
       -7,91  | 
    
       58,66  | 
    
       20,10  | 
    
       38,56  | ||
| 
       2009  | 
    
       50,07  | 
    
       7,76  | 
    
       42,31  | 
    
       1,31  | 
    
       5,50  | 
    
       -4,19  | 
    
       51,38  | 
    
       13,26  | 
    
       38,12  | ||
| Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC | |||||||||||
As participações dos agronegócios nos totais do País cresceram 7,1 pontos percentuais nas exportações e recuaram 0,7 ponto percentual nas importações (Figura 6).
Figura 6 - Participação dos Agronegócios na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009
 
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
            A 
participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos 
das exportações (-1,5 pontos percentuais) e aumentou no tocante às importações 
(+1,8 pontos percentuais) (Figura 7). 
  
  
Figura 7 - Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo nos primeiros nove meses de 2009 representaram 22,3%, ou seja, 0,6 ponto percentual a mais que em igual período de 2008, enquanto as importações representaram 33,6%, sendo 5,2 pontos percentuais superior à representatividade verificada no mesmo período do ano anterior (Figura 8).
Figura 8 - Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios paulistas nos primeiros nove meses de 2009, foram: cana e sacarídeas (US$ 4,64 bilhões), bovídeos – bovinos (US$1,60 bilhão), produtos florestais (US$1,31 bilhão), frutas (US$ 1,28 bilhão) e cereais/leguminosas/oleaginosas (US$636 milhões). Esses cinco agregados representam 82,6% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 3).
            
Crescimento expressivo - na comparação de janeiro a setembro de 2009 com 2008 – 
apresentou apenas a exportação paulista de cana e sacarídeas (+26,34%), 
principal grupo das vendas externas estaduais, em especial pelo aumento das 
vendas externas de açúcar (+64,4%) indo de US$2,39 bilhões para US$3,94 bilhões, 
enquanto que as operações com álcool recuaram 44,9% passando de US$ 1,28 bilhão 
para US$ 0,71 bilhão. Isso representa mais uma prova de fogo para a política 
nacional de biocombustíveis dado que, não apenas o álcool não se firmou como 
produto de exportação, como a prioridade para a moagem de cana para produção de 
açúcar deve elevar os preços internos do álcool combustível, mesmo em plena 
safra. 
  
| TABELA 3. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, São Paulo, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009. | ||||||
| Grupos | 
       | 
    
       | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| Têxteis | 
       220  | 
    
       1,72  | 
    
       159  | 
    
       1,38  | 
    
       -27,76  | |
| Bovídeos – bovinos | 
       2.613  | 
    
       20,49  | 
    
       1.600  | 
    
       13,94  | 
    
       -38,76  | |
| Pescado | 
       11  | 
    
       0,08  | 
    
       9  | 
    
       0,08  | 
    
       -12,45  | |
| Café e estimulantes | 
       532  | 
    
       4,17  | 
    
       451  | 
    
       3,93  | 
    
       -15,29  | |
| Cana e sacarídeas | 
       3.674  | 
    
       28,81  | 
    
       4.641  | 
    
       40,44  | 
    
       26,34  | |
| Frutas | 
       1.565  | 
    
       12,27  | 
    
       1.286  | 
    
       11,21  | 
    
       -17,80  | |
| Olerícolas | 
       14  | 
    
       0,11  | 
    
       13  | 
    
       0,11  | 
    
       -8,43  | |
| Flores e ornamentais | 
       23  | 
    
       0,18  | 
    
       23  | 
    
       0,20  | 
    
       0,43  | |
| Cereais/leguminosas/oleaginosas | 
       776  | 
    
       6,09  | 
    
       636  | 
    
       5,54  | 
    
       -18,08  | |
| Produtos florestais | 
       1.483  | 
    
       11,63  | 
    
       1.311  | 
    
       11,42  | 
    
       -11,57  | |
| Suínos e aves | 
       448  | 
    
       3,51  | 
    
       322  | 
    
       2,80  | 
    
       -28,14  | |
| Fumo | 
       2  | 
    
       0,02  | 
    
       1  | 
    
       0,01  | 
    
       -61,66  | |
| Agronegócios especiais | 
       646  | 
    
       5,06  | 
    
       575  | 
    
       5,01  | 
    
       -10,93  | |
| Bens de capital e insumos | 
       744  | 
    
       5,84  | 
    
       450  | 
    
       3,92  | 
    
       -39,55  | |
| Agronegócios | 
       12.750  | 
    
       100,00  | 
    
       11.478  | 
    
       100,00  | 
    
       -9,98  | |
| Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. | ||||||
Nos outros grupos, além do aumento inexpressivo das exportações de flores e plantas ornamentais (+0,4%) houve redução em todos os demais, em especial em itens expressivos da pauta como bovinos-bovídeos (-38,8%), frutas (-17,8%), produtos florestais (-11,6%), cereais/leguminosas/oleaginosas (-18,1%), bens de capital e insumos (-39,6%) e suínos e aves(-28,1%) (Tabela 3).
Em âmbito nacional, os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações dos agronegócios foram: cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 17,21 bilhões); cana e sacarídeas (US$6,63 bilhões), produtos florestais (US$ 5,37 bilhões), bovídeos - bovinos (US$ 5,27 bilhões) e suínos e aves (US$ 5,11 bilhões). Essas cadeias totalizam 77,0% das vendas externas dos agronegócios brasileiros (Tabela 4).
Nos primeiros nove meses de 2009, comparados com 2008, tiveram crescimento significativo apenas as exportações brasileiras de cana e sacarídeas (+20,9%) e fumo (+17,7%). Nos demais grupos ocorreu pequena queda no principal item da pauta representado pelos cereais/leguminosas/ oleaginosas (-0,29%), em decorrência da queda das exportações de óleo de soja (-50,6%) indo de US$ 2,17 bilhões para US$ 1,07 bilhão e de grão de milho (-13,8%) indo de US$ 0,91 bilhão para US$0,78 bilhão, compensadas pelas maiores vendas de soja em grão (+11,7%) indo de US$ 9,78 bilhões para US$ 10,93 bilhões, destinadas principalmente para a China. Nos demais itens houve diminuições: bens de capital e insumos (-46,6%), pescado(-33,7%), bovídeos - bovinos (-32,4%), produtos florestais (-28,0%), olerícolas (-24,4%), suínos e aves (-23,3%), têxteis (-22,4%), frutas (-18,1%), agronegócios especiais (-15,9%), café e estimulantes (-8,4%) e flores e ornamentais (-3,3%) (Tabela 4.)
            Nas 
exportações dos agronegócios paulistas, quando se compara os resultados para os 
primeiros nove meses de 2008 e 2009, apenas os produtos semi-manufaturados 
apresentaram aumento (+31,7%), ocorrendo quedas tanto para os manufaturados 
(-17,6%) quanto para os básicos (-25,3%). Os produtos manufaturados apresentam a 
maior participação nas vendas externas (58,3%) totalizando US$ 6,13 bilhões 
(Tabela 5). 
  
| TABELA 4. Exportações dos Agronegócios, por Grupo de Mercadorias, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009. | ||||||
| Grupos | 
       | 
    
       | 
    ||||
| 
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      milhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | ||
| Têxteis | 
       1.331  | 
    
       2,27  | 
    
       1.033  | 
    
       2,01  | 
    
       -22,40  | |
| Bovídeos – bovinos | 
       7.788  | 
    
       13,28  | 
    
       5.268  | 
    
       10,25  | 
    
       -32,36  | |
| Pescado | 
       222  | 
    
       0,38  | 
    
       147  | 
    
       0,29  | 
    
       -33,69  | |
| Café e estimulantes | 
       3.663  | 
    
       6,24  | 
    
       3.356  | 
    
       6,53  | 
    
       -8,37  | |
| Cana e sacarídeas | 
       5.481  | 
    
       9,34  | 
    
       6.625  | 
    
       12,89  | 
    
       20,86  | |
| Frutas | 
       2.290  | 
    
       3,90  | 
    
       1.875  | 
    
       3,65  | 
    
       -18,10  | |
| Olerícolas | 
       143  | 
    
       0,24  | 
    
       108  | 
    
       0,21  | 
    
       -24,43  | |
| Flores e ornamentais | 
       34  | 
    
       0,06  | 
    
       33  | 
    
       0,06  | 
    
       -3,36  | |
| Cereais/leguminosas/oleaginosas | 
       17.260  | 
    
       29,42  | 
    
       17.210  | 
    
       33,50  | 
    
       -0,29  | |
| Produtos florestais | 
       7.453  | 
    
       12,71  | 
    
       5.365  | 
    
       10,44  | 
    
       -28,02  | |
| Suínos e aves | 
       6.662  | 
    
       11,36  | 
    
       5.109  | 
    
       9,94  | 
    
       -23,32  | |
| Fumo | 
       2.011  | 
    
       3,43  | 
    
       2.366  | 
    
       4,61  | 
    
       17,66  | |
| Agronegócios especiais | 
       1.876  | 
    
       3,20  | 
    
       1.578  | 
    
       3,07  | 
    
       -15,91  | |
| Bens de capital e insumos | 
       2.445  | 
    
       4,17  | 
    
       1.305  | 
    
       2,54  | 
    
       -46,64  | |
| Agronegócios | 
       58.660  | 
    
       100,00  | 
    
       51.378  | 
    
       100,00  | 
    
       -12,41  | |
| Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. | ||||||
| TABELA 5. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, São Paulo, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009. | ||||||
| 
       | 
    
       | 
    |||||
| Produtos | 
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| Básicos | 
       2,89  | 
    
       22,7  | 
    
       2,16  | 
    
       18,8  | 
    
       -25,3  | |
| Semi-manufaturados | 
       2,42  | 
    
       19,0  | 
    
       3,19  | 
    
       27,8  | 
    
       31,7  | |
| Manufaturados | 
       7,43  | 
    
       58,3  | 
    
       6,13  | 
    
       53,4  | 
    
       -17,6  | |
| AGRONEGÓCIOS | 
       12,75  | 
    
       100,0  | 
    
       11,48  | 
    
       100,0  | 
    
       -10,0  | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de 
Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
  
No caso dos agronegócios brasileiros, ainda que com menor perfil de agregação de valor em relação a São Paulo, houve aumento nas vendas de produtos básicos (+4,0%), e quedas nas dos produtos semi-manufaturados (-10,6%) e manufaturados (-28,3%). Os produtos básicos totalizando US$ 30,06 bilhões nos primeiros nove meses de 2009, mostram a maior participação nas vendas externas setoriais (58,5%, Tabela 6).
            Esses 
indicadores mostram as diferenças estruturais dos agronegócios paulistas no 
contexto nacional, uma vez que 52,9% do valor das exportações brasileiras dos 
agronegócios nos primeiros nove meses do ano de 2009 corresponderam, em nível 
nacional, a produtos básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representam 
apenas 18,8% e a participação de produtos industrializados dos agronegócios se 
mostra muito maior (81,2%), evidenciando índices superiores de agregação de 
valor (Tabelas 5 e 6). 
  
| TABELA 6. Exportações dos Agronegócios por Fator Agregado, Brasil, Janeiro a Setembro de 2008 e 2009. | ||||||
| 
       | 
    
       | 
    |||||
| Produtos | 
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      bilhão  | 
    
       %  | 
    
       Var 
      %  | |
| Básicos | 
       31,32  | 
    
       53,40  | 
    
       30,06  | 
    
       58,5  | 
    
       -4,0  | |
| Semi-manufaturados | 
       9,72  | 
    
       16,56  | 
    
       8,69  | 
    
       16,9  | 
    
       -10,6  | |
| Manufaturados | 
       17,62  | 
    
       30,04  | 
    
       12,63  | 
    
       24,6  | 
    
       -28,3  | |
| AGRONEGÓCIOS | 
       58,66  | 
    
       100,00  | 
    
       51,38  | 
    
       100,0  | 
    
       -12,4  | |
Fonte: Elaborada pelo Instituto de 
Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
  
            A 
quantidade exportada de produtos dos agronegócios brasileiros foi reduzida em 
1,0% nos primeiros nove meses de 2009, quando comparada com ao mesmo período de 
2008, enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo teve queda de 
4,8%. Os preços dos produtos exportados pelos agronegócios caíram 11,6% em nível 
nacional e 5,5% no âmbito de São Paulo (Tabela 7). 
  
| TABELA 7. Variações Percentuais dos Índices de Quantidade e de Preço das Exportações de Produtos dos Agronegócios, Brasil e Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro de 2009 em relação a igual período de 2008(1). | |||||
| Setor | 
       | 
    
       | |||
| 
       | 
    
       | 
    
       | 
    
       | ||
| Agronegócios | 
       -1,0  | 
    
       -11,6  | 
    
       -4,8  | 
    
       -5,5  | |
| Agronegócios exc. Bens de capital/insumos | 
       1,0  | 
    
       -11,8  | 
    
       -1,9  | 
    
       -6,4  | |
| (1) Variações em relação a igual período do ano anterior, baseadas em índices calculados pela fórmula de Fisher. | |||||
Fonte: Elaborada pelo Instituto de 
Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC. 
  
  
            Entre 
as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários 
foi o grupo predominante nos primeiros nove meses de 2009, representando 64,3% 
do valor total de exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso 
do Estado de São Paulo, esse grupo tem participação (54,9% do valor total) pouco 
superior ao de bens de consumo (42,4%)Tabela 
8). 
   
            Entre 
as categorias de uso, observa-se que matérias-primas e produtos intermediários 
foi o grupo predominante nos primeiros nove meses de 2009, representando 64,3% 
do valor total de exportações nacionais de mercadorias dos agronegócios. No caso 
do Estado de São Paulo, esse grupo tem participação (54,9% do valor total) pouco 
superior ao de bens de consumo (42,4%)Tabela 8). 
  
  
| TABELA 8. Exportações dos Agronegócios por Categoria de Uso, Brasil e Estado de São Paulo, Janeiro a Setembro de 2009. | |||||||
| Categorias de Uso | 
       | 
    
       | 
    SP/BR | ||||
| 
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       US$ 
      mil  | 
    
       %  | 
    
       %  | |||
| Bens de capital | 
       971.978  | 
    
       1,89  | 
    
       307.662  | 
    
       2,68  | 
    
       31,65  | ||
| Bens de consumo | 
       17.372.946  | 
    
       33,81  | 
    
       4.866.367  | 
    
       42,40  | 
    
       28,01  | ||
| Matérias-primas e produtos intermediários | 
       33.033.245  | 
    
       64,29  | 
    
       6.303.755  | 
    
       54,92  | 
    
       19,08  | ||
| Agronegócios | 
       51.378.169  | 
    
       100,00  | 
    
       11.477.784  | 
    
       100,00  | 
    
       22,34  | ||
Fonte: Elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola, a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.
_________________________________________________________________________________________________________
1Estado produtor (Unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.
2Estado importador (Unidade da 
Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio 
fiscal do importador. 
  
Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.
Data de Publicação: 16/10/2009
                Autor(es): 
                José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Sueli Alves Moreira Souza Consulte outros textos deste autor              

                    
                        