No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde novembro de 2001.

            As variações dos preços agrícolas, por produto no mês de novembro, no acumulado de 2002 e em 12 meses, foram as seguintes:
 

O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos no mês de novembro, foi o seguinte:
 

            Em novembro, dos 19 produtos pesquisados, seis apresentaram reduções no preço (amendoim, banana, laranja, soja, tomate e trigo). Entre os vegetais, o crescimento nos preços de sete produtos, apesar da redução em seis, gerou alta de 7,38% no índice de preços do grupo. Já no caso do segmento animal, o aumento nas cotações de todos os produtos, com exceção do leite cujo preço se manteve estável, levou ao crescimento de 10,13% nos preços deste grupo. O resultado foi a alta de 8,35% no índice de preços agrícolas.

            Nos onze meses de 2002, a variação acumulada do IPR foi de 27,53%, em comparação com a de 20,78% do IGP-M e a de 7,77% do IPC-Fipe (estimativa). Isto indica um ganho de poder de troca para os agricultores de 6,75 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 19,76 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe, aumentando assim o poder de troca do setor agrícola.

            No ano de 2002, 16 produtos apresentaram crescimento de preço, com destaque para algodão, amendoim, arroz, banana, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo, aves, boi gordo, leite e ovos, cujo aumento acumulado foi superior a 20%. Os preços de amendoim, milho e trigo mais que dobraram, enquanto os de café e feijão tiveram aumentos superiores a 90%. Por sua vez, três produtos tiveram redução de preço (ver tabela).

            A variação mensal anualizada do IPR, em novembro de 2002, indica que a sua recuperação iniciou a partir de maio, atingindo neste mês o valor de 30,58%, em comparação com 21,05% do IGP-M e 8,04% do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas estão ganhando cerca de 9,53 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 22,54 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.

            Nos últimos 12 meses, 16 produtos apresentaram crescimento positivo de preço, dos quais 15 com alta superior a 20% (algodão, amendoim, arroz, banana, batata, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo, aves, boi gordo, leite e ovos). Por sua vez, apenas três produtos tiveram queda de preço.

            Em novembro, o preço do feijão foi o destaque entre os preços que apresentaram crescimento, com alta de 52,23%. O atraso na colheita da safra de verão 2002/03, em função da estiagem de setembro e outubro que atrasou o plantio, está gerando escassez na oferta do produto. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico abaixo:

            O milho foi o produto cujo preço apresentou o maior aumento em 2002, com 159,36%, em função da menor safra de 2001/02 e do alto custo de importação com a desvalorização do real. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico:

            Nos últimos 12 meses, os produtos com maiores altas de preço foram milho (+155,77%), feijão (+136,96%) e trigo (+109,96%). A elevação no preço do trigo se deve à redução de oferta no mercado internacional, e também no Brasil, em função de problemas climáticos. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser verificado no gráfico seguinte:

            O preço recebido pelos produtores de café teve alta de 92,81% no ano de 2002, sinalizando que deve continuar a tendência dada a menor oferta do produto no Brasil e a produção internacional no ano de 2003. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser verificado no gráfico seguinte: