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Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, Ano de 2022, Resultado Recorde de Exportação e Saldo Comercial
1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Em 2022, as exportações do Estado
de São Paulo1 somaram US$69,38
bilhões (20,7% do total nacional), e as importações2, US$81,57 bilhões (29,9% do total nacional), registrando defict comercial de US$12,19
bilhões (Figura 1). Em relação a 2021, houve aumento tanto nas exportações
(+28,3%) como nas importações (+21,4%); essa conjunção de desempenhos resultou
na redução do defict (-7,3%) no saldo da balança comercial paulista. 1.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial do agronegócio3, o resultado de 2022, na
comparação com o ano anterior, indica que o setor paulista apresentou aumento
nas exportações (+36,4%), alcançando US$25,92 bilhões, e nas importações
(+11,4%), totalizando US$5,10 bilhões; com esses resultados, obteve-se superavit de US$20,82 bilhões, 44,4%
superior em relação a 2021 (Figura 1). A participação das exportações do agronegócio
paulista no total do estado em 2022 foi de 37,4%, enquanto a participação das
importações setoriais foi de 6,3% (Figura 1). Há que se destacar que as exportações paulistas nos
demais setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$43,46 bilhões,
e as importações, US$76,47 bilhões, gerando um defict externo desse agregado de US$33,01 bilhões em 2022. Dessa
forma, conclui-se que o defict do
comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio
estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$20,82 bilhões). A figura 2 apresenta os resultados das exportações,
importações e respectivos saldos comerciais da balança paulista do agronegócio,
mostrando a evolução no período do de 2000 a 2022. Percebe-se o incremento no
período analisado, principalmente nos valores de exportação e saldo comercial,
resultando no valor recorde alcançado em 2022 tanto no valor exportado como no
saldo comercial da balança paulista do agronegócio. Figura 2 – Evolução do comércio exterior paulista do
agronegócio, exportação, importação e saldo comercial, 2000 a 2022. 1.2 -
Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos Os cinco principais
grupos nas exportações do agronegócio paulista, em 2022, foram: complexo sucroalcooleiro
(US$8,43 bilhões sendo que, desse total, o açúcar representou 84,1%, e o álcool,
15,9%), setor de carnes (US$3,99 bilhões, dos quais a carne bovina respondeu
por 86,1%), complexo soja (US$3,63 bilhões, tendo a soja em grão 82,3% de
representatividade), produtos florestais (US$2,73 bilhões, com participações de
48,2% de celulose e 42,8% de papel) e sucos (US$1,92 bilhão, sendo 97,1%
referentes a suco de laranja). Esses cinco agregados representaram 79,8% das
vendas externas setoriais paulistas (Tabela 1). Já o grupo de café, tradicional
nas exportações paulistas, aparece na sexta colocação, com vendas de US$1,02
bilhão (72,2% referentes ao café verde). Ainda de acordo com a tabela
1, na comparação entre os resultados de 2022 e 2021, houve importantes
variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta
paulista, com aumentos para os grupos de produtos florestais (+62,2%), carnes
(+57,9%), café (+43,5%), complexo soja (+41,1%), complexo sucroalcooleiro
(+28,6%) e sucos (+20,9%). Essas variações nas receitas do comércio exterior
são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes
exportados. 1.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Paulista Os
dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais
relevantes do agronegócio paulista em 2022 frente ao ano anterior são
apresentados na tabela 2. Desses grupos
relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (32,5%)
nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 28,6% em valores e 5,0% em
volumes exportados, sendo que o açúcar apresentou aumento em valores (+25,1%) e
nas quantidades (+4,1%). Para o álcool (etanol), os embarques apresentaram
aumentos de 51,1% e 16,1% para valores e volumes, respectivamente, quando
comparados com 2021. Os destinos das exportações desse grupo são bem
diversificados em termos de participação dos países, e os resultados apontam
como principais compradores: China (15,6%), União Europeia (6,9%), Marrocos
(5,9%), Argélia (5,3%), Nigéria (5,1%), Coreia do Sul (5,0%) e demais países
(56,3%). O grupo de
carnes tem a segunda posição na pauta do estado, apresentando ganhos em valores
(+57,9%) e volumes (+35,2%) em relação a 2021. A carne bovina, com maior
contribuição no grupo, registrou aumentos de 59,3% em valores e de 39,8% em
volume exportado. O desempenho da carne de frango foi de expansão em valores
(+59,6%) e em volumes (+29,7%). A carne suína apresentou resultados negativos
em valores (-21,6%) e volumes (-42,5%). Os principais destinos em
participação são: China (60,8%), Estados Unidos (9,9%), União Europeia (5,8%),
Hong Kong (2,5%) e Filipinas (2,4%), enquanto os demais países compradores
somam 18,6% de participação. O grupo
complexo soja aparece na terceira posição da pauta paulista com aumento de
41,1% nos valores e de 5,5% no volume das exportações. O principal produto
deste grupo é a soja em grãos, que apresentou aumento de 37,1% em valores e de
1,6% em quantidades exportadas pelo estado. A China (64,7%) é o principal
destino em termos de participação de valores, seguida de Irã (5,2%), Tailândia
(5,1%); os demais importadores somam 25,0%. Os produtos
florestais apresentam ganhos em 2022, com aumentos de 62,2% em valores e de
85,3% na quantidade em relação ao ano anterior. Os produtos de celulose
obtiveram variação positiva quanto aos valores (+124,4%) e volumes (+154,6%), passando a ser o principal item do grupo.
As exportações dos produtos de papel apresentaram elevação nos valores (+36,4%)
e nos embarques (+8,8%). O principal destino em participação de valores
exportados é a China (29,9%), seguida de União Europeia (14,5%), Estados Unidos
(10,6%), Argentina (6,9%), Peru e Chile (5,8% cada); outros países somam 26,5%
de participação. O suco de
laranja (FCOJ congelado e concentrado) exibiu aumento de 7,5% no valor e queda
de 4,7% em volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas
cresceram em valores (+25,4%) e em volume (+15,0%). A variação total das
exportações do grupo de sucos foi positiva de 20,9% em valores e de 10,0% em
volume na comparação com 2021. Os maiores compradores desse grupo são
União Europeia (56,9%), Estados Unidos (28,7%), China (4,7%) e Japão (2,5%); os
demais compradores têm 7,2% de participação. O grupo do café
apresentou em 2022 desempenho positivo em valores (+43,5%) e redução nos
embarques (-3,4%), quando comparado com 2021. O café verde, principal item do
grupo, apresentou aumento de 47,5% nas receitas e redução de 4,4% no volume, o
que evidencia a valorização do produto no mercado internacional. A União
Europeia é o principal destino e suas compras representam 40,9% do valor
exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (21,8%), Japão (7,3%),
Argentina (5,2%) e Canadá (3,9%); os demais países participam com 20,9%. 1.4 -
Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista Em relação aos destinos das exportações do
agronegócio paulista em 2022, a China é o principal destino das exportações de
São Paulo (US$7,42 bilhões, 28,6% de participação e variação positiva de 62,5%
em relação ao valor de 2021), seguida da União Europeia (US$3,56 bilhões, 13,7%
de participação em 2022 e crescimento de 39,8% ante ao ano de 2021) e dos
Estados Unidos (US$2,57 bilhões, participação de 9,9% e variação positiva de
27,5%). Na sequência, completando os dez principais destinos em termos de
participação, aparecem Coreia do Sul (2,3%), Irã (2,1%), Marrocos e Argélia
(1,9% cada), Arábia Saudita, Indonésia e Reino Unido (1,7% cada). A tabela 3
apresenta os 20 principais destinos das exportações paulistas em 2022, que
somados representam 80,9% do total, e as respectivas pautas (em %) por grupos
de produtos. Ainda de acordo com a
tabela 3, observa-se uma diferenciação na composição das pautas dos principais
parceiros comerciais do agronegócio paulista. A China importou principalmente
produtos do grupo de carnes (32,7%), complexo soja (31,7%), complexo
sucroalcooleiro (17,7%) e produtos florestais (11,0%), enquanto a União
Europeia tem em sua pauta de importações destaque para o grupo de sucos (30,8%,
basicamente suco de laranja), complexo sucroalcooleiro (16,3%) e café (11,7%).
Já os Estados Unidos apresentam pauta bastante diversificada, composta
principalmente pelos sucos (21,5%), grupo das carnes (15,5%), complexo sucroalcooleiro
(12,5%) e produtos florestais (11,3%). Na sequência, entre os dez principais
importadores, com exceção de Irã e Reino Unido, esses países têm elevada
concentração de suas importações no complexo sucroalcooleiro (acima de 60% de
representatividade). 1.5 - Importações do Agronegócio
Paulista Os principais produtos da pauta de
importação do agronegócio paulista em 2022 foram: papel (US$414,14 milhões),
trigo (US$377,53 milhões), salmões (US$376,03 milhões) e óleos de palma e dendê
(US$278,71 milhões). A figura 3 apresenta os dez principais produtos que
representam 47,7% (US$2,43 bilhão) do total importado no ano (US$5,10 bilhões). 2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL A balança comercial brasileira
registrou superavit de US$61,76
bilhões em 2022, com exportações de US$334,46 bilhões e importações de
US$272,70 bilhões. Esse resultado indica ligeiro aumento de 0,6% no superavit em relação a 2021, quando
alcançou US$61,40 bilhões (Figura 4). 2.1 - Análise
Setorial do Agronegócio Na análise setorial,
ainda de acordo com a Figura 4, as exportações do agronegócio brasileiro em
2022 apresentaram aumento (36,4%) em relação a 2021, alcançando US$159,09
bilhões (47,6% do total nacional), sendo esse valor o novo recorde brasileiro.
Já as importações aumentaram 11,4% no período, registrando US$17,24 bilhões
(6,3% do total nacional). O superavit do agronegócio foi de US$141,85 bilhões no ano, valor
44,4% superior na comparação com 2021 (Figura 4). Portanto, o comércio
exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio,
uma vez que os demais setores da economia, exclusive o agronegócio, com exportações
de US$175,37 bilhões e importações de US$255,46 bilhões produziram um defict de US$80,09 bilhões em 2022. A figura 5 apresenta os
resultados da balança comercial do agronegócio brasileiro no período de 2000 a
2022. Repetindo o que ocorreu no estado de São Paulo, os resultados de
exportação e saldo comercial no Brasil também foram recordes em 2022,
traduzindo o bom momento da agricultura nacional. US$ bilhão 2.2 - Exportações
do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos Os seis principais grupos
nas exportações do agronegócio brasileiro em 2022 foram: complexo soja (US$60,95
bilhões, dos quais 76,6% de participação da soja em grão e 17,0% de farelo), o
grupo de carnes (US$25,67 bilhões, com as carnes de bovina, de frango e suína
representando desse total, respectivamente, 50,5%, 37,1,% e 9,9%), produtos
florestais (US$16,49 bilhões, com participações de 50,9% de celulose e 32,7% de
madeira), cereais, farinhas e preparações (US$14,46 bilhões, puxado pelo milho
em grão com 84,1% de participação), complexo sucroalcooleiro (US$12,79 bilhões,
dos quais 86,0% de açúcar) e grupo de café (US$9,24 bilhões, sendo 92,1% de
café verde). Esses seis grupos agregados representaram 87,7% das vendas
externas setoriais brasileiras (Tabela 4). Ainda
conforme a tabela 4, na comparação com 2021, houve importantes variações nos
valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio brasileiro,
com destaque para os grupos de cereais, farinhas e preparações (+175,9%), café
(+45,0%), carnes (+29,3%), complexo soja (+27,0%), complexo sucroalcooleiro
(+24,6%) e produtos florestais (18,3%). Essas variações nas receitas do
comércio exterior no período analisado são derivadas da composição das
oscilações tanto de preços como de volumes exportados. 2.3 - Exportações dos Principais Produtos do
Agronegócio Brasileiro A
tabela 5 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais
produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas
respectivas variações em 2022 comparado com 2021. Desses
grupos relevantes, o grupo complexo soja é o que apresenta a maior participação (38,3%) nas exportações
brasileiras. No total, o grupo cresceu 27,0% em valores e teve redução de 2,9%
em volumes exportados, devido ao desempenho das vendas externas da soja em grão
(principal item do grupo), com aumento de 20,8% em valores e queda de 8,3% em
volume, resultado que mostra a valorização do preço dessa commodity. Para o óleo de soja, os embarques apresentaram aumentos
de 95,7% em valores e 58,1% em volume, enquanto o farelo de soja teve aumentos
de 40,8% em valores e de 18,7% em volume, quando comparados com 2021. A China representa 52,7% das compras em valores
desse grupo, seguida por União Europeia (14,5%), Tailândia (4,9%), Índia (4,3%)
e Irã (3,1%), enquanto os demais países importadores somam 21,0%. O grupo de
carnes, que tem a segunda posição na pauta brasileira, apresentou avanço de
29,3% em valores e 8,0% em volume em relação a 2021. A carne bovina
teve crescimento de 40,9% em valores e de 22,7% em volume exportado. Com
resultado também positivo mostra-se a carne de frango (+27,1% e +4,2%),
enquanto a carne suína apresenta redução de valores da ordem de 2,9% e de 1,7%
nas quantidades embarcadas. Nesse grupo, a China se destacou como principal
destino e representa 40,6% das compras de carnes; na sequência aparecem União
Europeia (5,3%), Emirados Árabes Unidos (4,9%), Japão (4,3%), Arábia Saudita
(4,0%) e Estados Unidos (3,7%), enquanto os demais países somam 37,3% de
participação. O grupo de
produtos florestais aparece na terceira posição na pauta brasileira,
apresentando variação positiva tanto em valores (+18,3%) como em volume
exportado (+11,9%). As variações de valores e volume, respectivamente, foram de
24,6% e 21,8% para a celulose, 1,9% e -5,4% para a madeira, de 42,0% e 21,6%
para o papel e de 37,1% e -7,2% para a borracha. Os principais
países importadores desse grupo são Estados Unidos (24,6%), China (21,8%),
União Europeia (19,8%), Argentina (4,1%) e México (2,9%); os demais países
participam com 26,8%. O
grupo de cereais, farinhas e preparações apresenta desempenho bastante positivo em
valores (+175,9%) e em quantidades (+113,6%), alcançando a quarta posição na
pauta nacional de exportações. O milho em grão, principal item do grupo,
registrou maior exportação em volume (+112,6%) e em valores (+112,6%). O arroz
em grão apresentou resultados positivos em termos de variação, com aumento em
valores (+83,0%) e em quantidade (+104,1%), mesmo comportamento para os
produtos de trigo, com expressivos aumentos de 240,6% em valores e 172,1% em
volumes. Os principais destinos são União Europeia (16,3%), Irã (13,9%), Japão
(9,4%), Egito (7,5%) e Colômbia (4,8%), restando 48,0% de participação para os
demais países. Para o grupo sucroalcooleiro, os
resultados apresentaram-se positivos em valores (+24,6%) e nas quantidades
embarcadas (+1,6%). O açúcar teve aumento em valores (+19,8%) e no volume
(+0,1%) no período analisado na comparação com o ano anterior. Para o álcool
etílico (etanol), os resultados são de aumento em valores (+65,7%) e na
quantidade embarcada (+26,3%). Assim como no estado de São Paulo, os destinos
das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação
dos países. Os resultados apontam a sequência composta por China (13,2%), União
Europeia (8,6%), Argélia (6,0%), Nigéria (5,3%), Marrocos (5,0%), Coreia do Sul
(4,3%), Canadá (4,0%) e Indonésia (3,9%); os demais países importadores somam
49,8% de participação. O grupo de café
apresenta ganho em valores (+45,0%) e perda em quantidade 2.4 - Destinos
das Exportações do Agronegócio Brasileiro
Em relação aos
destinos das exportações do agronegócio brasileiro em 2022, a China (US$50,79
bilhões, 31,9% de participação e variação positiva de 23,8% em relação a 2021)
é o principal destino das exportações do Brasil, seguida da União Europeia
(US$25,57, bilhões, 16,1% de participação e crescimento de 42,2%) e dos Estados
Unidos (US$10,50 bilhões, participação de 6,6% e variação positiva de 15,8%). A
tabela 6 apresenta os 20 principais destinos das exportações brasileiras em
2022, que somados representam 83,2% do total, e as respectivas pautas (em %)
por grupos de produtos. A China importou
principalmente produtos do complexo soja (63,2%), carnes (20,5%) e produtos
florestais (7,1%), enquanto na União Europeia, entre os principais produtos da
pauta de importações, predominam os produtos do grupo complexo soja (34,5%),
com destaques para café (17,5%) e produtos florestais (12,8%). Já os Estados
Unidos apresentam em sua pauta principalmente os grupos produtos florestais
(38,6%), café (17,8%) e cereais (9,2%). 2.5 -
Importações do Agronegócio Brasileiro Em 2022, os principais produtos da
pauta de importação do agronegócio brasileiro foram: trigo (US$2,05 bilhões,
correspondente a 5,7 milhões de toneladas), papel (US$907,49 milhões), óleo de
dendê e palma (US$798,82 milhões), salmões (US$746,22 milhões) e malte
(US$738,82 milhões). A figura 6 apresenta os dez principais produtos, que
juntos representam 45,4% (US$7,83 bilhões) do total importado (US$17,24
bilhões). 3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos
os setores da economia) apresentou aumento de 0.6 ponto percentual nas
exportações e redução de 0.7 p.p. nas importações em 2022 na comparação com o
ano anterior, apontando valores de 20,7% nas exportações e de 29,9% de
representatividade para as importações (Figura 7). Para o agronegócio, as
exportações setoriais de São Paulo no ano representaram 16,3% em relação ao
agronegócio brasileiro, valor 0.5 ponto percentual maior que o registrado em
2021; já as importações tiveram aumento (0.1 p.p.), passando de 29,5% para
29,6% (Figura 7). A figura 8 mostra a contribuição dos estados brasileiros com maior
participação na composição da pauta nacional de exportações do agronegócio. O estado
do Mato Grosso foi o principal exportador em 2022, com exportações de US$31,64
bilhões (19,9%). São Paulo está na segunda posição (16,3%), seguido por Paraná
(10,5%), Rio Grande do Sul (9,8%) e Minas Gerais (9,6%); os demais estados
representam os 33,9% restantes. A participação do agronegócio paulista no agronegócio nacional em
2022 se destacou nos seguintes grupos, cuja participação paulista ultrapassa
50% do total nacional: sucos (86,1%), produtos alimentícios diversos (72,1%),
complexo sucroalcooleiro (65,9%), plantas vivas e produtos de floricultura
(61,1%), demais produtos de origem vegetal (59,8%) e produtos oleaginosas,
excluindo soja (51,1%) (Tabela 7). O principal grupo de produtos do estado de São Paulo, complexo
sucroalcooleiro, teve aumento de participação em 2.0 pontos percentuais,
passando de 63,9% em 2021 para 65,9% em 2022 (Tabela 7). 1Estado produtor (unidade
da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação,
é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos
os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste
último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do
processo de fabricação para que o produto adote sua forma final. 2Estado importador
(unidade da Federação importadora) é definido como a unidade da Federação do
domicílio fiscal do importador. 3Os grupos de
produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília:
MAPA, 2023. Disponível em:
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: jan. 2023. Palavras-chave:
agronegócio, balança comercial, exportações,
importações, comércio exterior, grupo de produtos. COMO CITAR ESTE ARTIGO GHOBRIL,
C. N.; ANGELO, J. A.; OLIVEIRA, M. D. M. Balança Comercial dos Agronegócios
Paulista e Brasileiro, Ano de 2022, Resultado Recorde de Exportação e Saldo
Comercial. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 18, n.
1, p. 1-19, jan. 2023. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.
(-6,5%), sendo o café verde o principal produto com aumento de 46,7% em valores
e queda de 6,6% em quantidades exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das exportações em valores,
a União Europeia representa 48,5% desse grupo e é seguia por Estados Unidos (20,2%),
Japão (4,6%), Colômbia (3,5%), Turquia (2,8%) e Coreia do Sul (2,3%). Os demais
países somam 18,1% de participação.
Data de Publicação: 11/01/2023
Autor(es):
José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor