Com base na análise das principais tendências mundiais, este trabalho avalia a competitividade do setor agroalimentar brasileiro examinando os seguintes segmentos - carnes, lácteos, sucos, café e óleos. O trabalho estuda os distintos níveis de competitividade - fatores internos a empresa, fatores comuns no conjunto de uma cadeia e fatores sistêmicos - propondo uma série de medidas para manter e ampliar a sua competitividade na próxima década. Entrevistas em nível de empresa dirigidas a uma amostra representativa do setor cobriram os seguintes temas - caracterização da empresa; desempenhos financeiro, econômico e produtivo; capacitação gerencial produtiva e tecnológica; estratégias competitivas; fatores determinantes da competitividade. Essas informações foram complementadas com entrevistas individuais junto às empresas lideres, bem como às associações de classe e aos representantes do setor público. Embora as condições de concorrência internacional sejam mais difíceis, o Brasil mantém-se competitivo em nível de custos produtivos e as suas empresas demonstram capacidade gerencial à altura. Os aspectos mais cruciais na próxima década serão a articulação das relações entre o conjunto dos atores de cada cadeia e o equacionamento dos atores sistêmicos de competitividade.