Preços agrícolas sobem 1,24% na segunda quadrissemana de agosto

            Os preços agrícolas subiram 1,24% na segunda quadrissemana de agosto, com acréscimo de 1,09 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve a variação positiva em função da alta dos preços dos produtos de origem animal. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de julho.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / julho
-3,25
2ª quadrissemana / julho
-1,59
3ª quadrissemana / julho
-2,77
4ª quadrissemana / mês de julho
-1,88
1ª quadrissemana / agosto
+0,15
2ª quadrissemana / agosto
+1,24

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde maio último.

            Na segunda quadrissemana de agosto, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
10,97
Amendoim
5,32
Arroz
5,83
Banana
-5,36
Batata
-34,21
Café
16,27
Cana-de-açúcar
-3,03
Cebola
-5,88
Feijão
-10,09
Laranja
7,14
Milho
-2,90
Soja
-2,15
Tomate
-20,56
Trigo
-6,53
Aves
11,54
Boi gordo
4,73
Leite
4,00
Ovos
0,72
Suínos
9,93

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de agosto, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
0,97
Frutas
6,46
Olerícolas
-24,92
Produtos de Origem Vegetal
-0,88
Produtos de Origem Animal
5,68
Total do IPR
1,24

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, dez apresentaram crescimento no preço (algodão, amendoim, arroz, café, laranja, aves, boi gordo, leite, ovos e suíno), enquanto nove tiveram reduções (banana, batata, cana-de-açúcar, cebola, feijão, milho, soja, tomate e trigo). O destaque de alta foi o preço do café (+16,27), enquanto a queda mais expressiva foi verificada na batata (-34,21%).
            Entre os produtos de origem vegetal, a acentuada redução nos preços do subgrupo das olerícolas, apesar do aumento nos preços de frutas e grãos, fez com que o preço do grupo tivesse retração de 0,88%. Já no segmento animal, o crescimento nas cotações de todos os produtos levou o preço do grupo a subir 5,68%. O resultado foi a alta de 1,24% no índice geral (IPR).
            Nesta quadrissemana, observou-se alta expressiva no preço do café com a aceleração da colheita e a especulação de possíveis geadas nos cafezais. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de café pode ser observado no gráfico seguinte:


Data de Publicação: 18/08/2003

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor