Preços agrícolas caem 1,59% na segunda quadrissemana de julho

            Os preços agrícolas tiveram variação negativa de 1,59% na segunda quadrissemana de julho. Porém, o índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) apresentou recuperação de 1,66 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de junho.
 

Quadrissemana 

Variação dos Preços Agrícolas (%)

1ª quadrissemana / junho

-1,83

2ª quadrissemana / junho

-4,56

3ª quadrissemana / junho

-3,09

4ª quadrissemana / mês de junho

-2,35

1ª quadrissemana / julho

-3,25

2º quadrissemana / julho

-1,59

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde abril deste ano.

            Na segunda quadrissemana de julho, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto

Variação quadrissemanal(%) 

Algodão

-9,12

Amendoim

-1,76

Arroz

5,66

Banana

4,21

Batata

-31,74

Café

-2,70

Cana-de-açúcar

-5,71

Cebola

13,33

Feijão

-19,54

Laranja

0,60

Milho

-11,13

Soja

-1,06

Tomate

15,93

Trigo

0,00

Aves

0,00

Boi gordo

7,21

Leite

0,00

Ovos

-1,99

Suínos

8,67

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de julho, foi o seguinte:
 

Grupo

Variação % 

Grãos + café

-7,25

Frutas

0,80

Olerícolas

-5,34

Produtos de Origem Vegetal

-4,30

Produtos de Origem Animal

4,09

Total do IPR

-1,59

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, nove sofreram redução nos preços (algodão, amendoim, batata, café, cana-de-açúcar, feijão, milho, soja e ovos), enquanto sete tiveram acréscimos (arroz, banana, cebola, laranja, tomate, boi gordo e suíno) e três mantiveram-se estáveis (trigo, leite e aves). O destaque de alta foi o preço da cebola (+13,33), enquanto a queda mais acentuada foi verificada na batata (-31,74%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o recuo nos preços dos subgrupos dos grãos e das olerícolas, apesar da alta nos das frutas, fez com que o preço do grupo caísse 4,30%. Já no segmento animal, o crescimento nas cotações do boi gordo e dos suínos, mesmo com a retração nos preços dos ovos, contribuiu para elevar em 4,09% o preço do grupo. O resultado foi a queda de 1,59% no índice geral (IPR).
            O preço do milho, cuja safrinha está em plena colheita, continuou em queda, indicando forte diminuição nas próximas semanas. As cotações de julho devem aproximar-se das observadas no mesmo mês do ano passado. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores de milho pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 17/07/2003

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor
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