Preços Agrícolas Sobem 1,09% Na Primeira Quadrissemana De Setembro

            Os preços agrícolas subiram 1,09% na primeira quadrissemana de setembro. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) continuou apresentando crescimento, embora com taxas menores. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de agosto.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / agosto
3,88
2ª quadrissemana / agosto
3,24
3ª quadrissemana / agosto
3,37
4ª quadrissemana / mês de agosto
1,58
1ª quadrissemana / setembro
1,09

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde junho.

            Na primeira quadrissemana de setembro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
15,58
Amendoim
28,68
Arroz
7,32
Banana
15,12
Batata
-41,67
Café
4,39
Cana-de-açúcar
-1,00
Cebola
-20,00
Feijão
-6,46
Laranja
3,04
Milho
9,07
Soja
3,88
Tomate
20,00
Trigo
17,77
Aves
9,09
Boi gordo
4,22
Leite
0,00
Ovos
-8,30
Suínos
-10,64

               Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na primeira quadrissemana de setembro, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
6,14
Frutas
3,83
Olerícolas
-18,17
Produtos de Origem Vegetal
0,45
Produtos de Origem Animal
2,27
Total do IPR
1,09

               Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, seis apresentaram reduções no preço (batata, cana-de-açúcar, cebola, feijão, ovos e suínos), enquanto doze produtos tiveram acréscimos (algodão, amendoim, arroz, banana, café, laranja, milho, soja, tomate, trigo, aves e boi gordo). O preço do leite manteve-se estável. Entre os produtos com crescimento expressivo de preço, destacou-se o amendoim (28,68%). Uma das maiores quedas foi verificada na batata (-40,67%).
            Entre os produtos vegetais, observou-se alta nos preços dos subgrupos de grãos e frutas que, apesar da queda nos preços das olerícolas e também da cana-de-açúcar, fez com que o preço do grupo tivesse aumento de 0,45%. Já no segmento animal, a alta nas cotações de aves e boi gordo, mesmo com a retração nos preços de ovos e suínos e a estabilidade no preço do leite, levou ao aumento de 2,27% no preço do grupo. O resultado foi o crescimento de 1,09% no índice geral (IPR).
            O preço dos suínos continua com expressiva queda, empurrando o setor para uma forte depressão que, mesmo com o aumento das exportações, não conseguiu levar o mercado ao equilíbrio. E à medida que os preços caem, aumenta o descarte de matrizes, puxando ainda mais para baixo as cotações, que atingiram os menores níveis dos últimos 3 anos. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico abaixo:


 

Data de Publicação: 09/09/2002

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor