Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de Janeiro a Novembro de 2016

De janeiro a novembro de 2016 as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$41,82 bilhões (24,7% do total nacional) e as importações2, US$47,48 bilhões (37,7% do total nacional), registrando um deficit de US$5,66 bilhões. Em relação a janeiro-novembro de 2015, o valor das exportações paulistas aumentou 1,5% e o das importações diminuiu 20,6%, com queda no deficit comercial (Figura 1). Comparando-se janeiro a novembro de 2016 com igual período de 2015, as exportações paulistas cresceram (+1,5%), enquanto as brasileiras caíram (-2,9%); nas importações, o decréscimo em São Paulo (-20,6%) foi menor do que no Brasil (-21,7%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o deficit da balança comercial paulista registrou queda de 69,6%, e o superavit da balança comercial brasileira atingiu US$43,27 bilhões, mais do que o triplo de igual período do ano anterior

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O agronegócio3 paulista apresentou exportações crescentes (+12,8%), atingindo US$16,37 bilhões; as importações setoriais caíram (-12,2%), somando US$4,11 bilhões, resultando em um superavit de US$12,26 bilhões, o que representa aumento de 24,7% no saldo comercial do agronegócio em relação aos 11 primeiros meses de 2015 (Figura 2).


 

Destaque-se que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$43,37 bilhões e as exportações US$25,45 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de US$17,92 bilhões. Assim, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi bem maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo e crescente.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado subiu 3,9 pontos percentuais, enquanto a participação das importações aumentou 0,9 ponto percentual na comparação do período janeiro-novembro de 2016 com o de 2015 (Figura 3).


A balança comercial brasileira registrou superavit de US$43,27 bilhões de janeiro a novembro de 2016, com exportações de US$169,30 bilhões e importações de US$126,03 bilhões. O superavit comercial aumentou em função de queda nas exportações (-2,9%) menor que a das importações (-21,7%) (Figura 4).


 

De janeiro a novembro de 2016, as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram 3,1% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$78,83 bilhões (46,6% do total). As importações do setor cresceram (+0,7%), também na comparação com o mesmo período do ano passado, somando US$12,26 bilhões (9,7% do total). O superavit do agronegócio em janeiro-novembro de 2016 foi de US$66,57 bilhões, sendo 3,8% inferior ao do mesmo período do ano passado (Figura 5).



Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$90,47 bilhões e importações de US$113,77 bilhões, produziram no período um deficit de US$23,30 bilhões.

A participação do agronegócio nos totais do país diminuiu em termos das exportações (-0,1 ponto percentual) e aumentou com relação às importações (+2,1 pontos percentuais) (Figura 6).


 

A participação paulista no total da balança comercial brasileira aumentou em termos das exportações (+1,1 ponto percentual) e também no tocante às importações (+0,5 ponto percentual) (Figura 7).



Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no período janeiro-novembro de 2016 representaram 20,8%, ou seja, 3,0 pontos percentuais a mais que nos 11 primeiros meses de 2015, enquanto as importações representaram 33,5%, percentual inferior ao verificado no ano passado (-4,9 pontos percentuais) (Figura 8).


 


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1Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é aquela onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

 

2Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como aquela do domicílio fiscal do importador.

 

3Os grupos de produtos do agronegócio podem ser vistos em: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.
htm>. Acesso em: out. 2016.

 

 

Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações.


Data de Publicação: 20/12/2016

Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor