As estimativas finais de produção de milho no Estado de São Paulo em 2013 (safra 2012/13), da SAA, de setembro deste ano, indicam ligeira revisão para cima das previsões de junho, para a segunda safra (milho safrinha) (aumento de 5,1% para 5,2%). As geadas tardias de julho não afetaram a produção no Estado de São Paulo, dado que a maior parte da cultura já se encontrava em fase de colheita no momento da ocorrência do evento climático citado.

         A produção total de milho de 2013, de 4,931 milhões de toneladas, corresponde a um aumento de 3,7% em relação à do ano anterior e corresponde a novo recorde no Estado. É a maior produção de milho obtido em um ano no Estado de São Paulo, somando-
-se a primeira safra (milho de verão), produzida em modalidades de sequeiro e irrigada, e a segunda safra (milho safrinha) (Tabela 1).

         A disponibilidade interna de milho no Estado (estoque inicial mais produção) não se  altera, sendo estimada uma elevação de 2,9%  em relação a 2012. No levantamento anterior previa-se aumento de 2,8%.        

         Do lado da demanda, foram mantidas as estimativas de consumo de todos os segmentos da produção animal e da indústria moageira, do levantamento anterior. Portanto, o consumo  de milho pela produção animal  (compreendido pela avicultura de corte, avicultura de postura, suinocultura, pecuária leiteira, pecuária de corte e outros animais)  em 2013 é de 8,461 milhões de toneladas , correspondendo a um crescimento de 2,9% em relação a 2012.

         O único segmento animal que reduz o consumo de milho em 2013 é o da pecuária de corte, representada pelo confinamentos e semiconfinamentos de bovinos. A queda do consumo não se deve diretamente pela situação do milho, mas sim pelo aumento do custo de aquisição de boi magro, o que motivou os criadores a reduzir o número de animais confinados e semiconfinados e, em consequência, diminuir a compra de milho.

         A previsão de exportação de milho pelo Estado de São Paulo em 2013 é ligeiramente aumentada em relação à estimativa anterior, com base na evolução dos embarques nos últimos meses. Com aumentos iguais (100 mil t) da oferta total e da demanda total, no balanço final a importação também ficou praticamente inalterada neste levantamento. O volume de milho importado no Estado (de outras regiões e/ou do exterior) corresponde a 49,8% do consumo estimado.

Palavras-chave: câmara setorial, consumo, demanda, milho, oferta, produção.