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Evolução do Comércio Exterior Paulista no Período 2008-2012
Introdução Este trabalho mostra estatísticas de comércio
exterior do Estado de São Paulo no período de 2008 a 2012, discriminando os
agregados de produtos dos agronegócios e de bens de capital e insumos
comercializados com os demais setores. O
desempenho do comércio exterior paulista difere, via de regra, das demais
unidades da Federação pela maior participação dos produtos manufaturados em sua
pauta, mercadorias com maior valor agregado. No estado, destacam-se também
empresas relacionadas ao agronegócio para exportação como aquelas dos setores
da carne, cana-de-açúcar, etanol e suco de laranja. Comércio Exterior Paulista As
exportações paulistas cresceram 2,8% no período 2008-2012, de US$ 57,7 bilhões
em 2008 para US$59,4 bilhões em 2012. Os agronegócios, cujas vendas externas
evoluíram de US$17,0 bilhões para US$21,9 bilhões nesse mesmo período (+28,8%),
tiveram uma evolução maior que os demais setores, cujas transações para outros
países diminuíram de US$40,6 bilhões para US$37,4 bilhões (-7,9%). Em média, entre 2008 e 2012, os agronegócios
representaram pouco mais que um terço das exportações paulistas, apresentando
uma participação estabilizada em torno de 38,7% no quinquênio, revelando, assim,
a importância do desempenho setorial no comércio exterior paulista (Tabela 1). Tabela 1 – Evolução das
Exportações, Agronegócios e Demais Setores da Economia, Estado de São Paulo, 2008
a 2012 (em US$1.000,00) Ano Agronegócios % Demais setores Total 2008 17.049.462 41,93 40.653.222 57.702.684 2009 15.899.602 37,51 26.481.058 42.380.660 2010 20.195.147 38,61 32.097.942 52.293.089 2011 23.057.953 38,48 36.851.318 59.909.271 2012 21.957.327 36,99 37.392.316 59.349.643 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: ago. 2013. Com relação às importações estaduais em 2012,
verifica-se o significativo aumento das compras no exterior em relação aos anos
anteriores, atingindo o patamar de US$77,8 bilhões, 5,7% menor que os US$82,2
bilhões verificados em 2011. Os agronegócios paulistas importaram
aproximadamente US$9,5 bilhões em 2012, nível superior ao verificado em 2008,
de cerca de US$7,8 bilhões, mas inferior ao atingido em 2011, de US$10,3
bilhões. Os demais setores promoveram aquisições externas no montante de US$68,3
bilhões em 2012, 5,1% menor que os US$71,8 bilhões despendidos em 2011. Em 2012
os agronegócios paulistas representaram 12,2% das importações paulistas, mantendo
sua participação percentual em relação ao início da série (Tabela 2). Tabela 2 – Evolução das
Importações, Agronegócios e Demais Setores da Economia, Estado de São Paulo, 2008
a 2012 (em US$1.000,00) Ano Agronegócios % Demais setores Total 2008 7.780.422 11.72 58.561.054 66.341.476 2009 6.295.648 12,46 44.192.325 50.487.973 2010 8.061.592 11,89 59.711.402 67.772.994 2011 10.291.590 12,52 71.891.948 82.183.538 2012 9.473.668 12,17 68.347.995 77.821.663 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: ago. 2013. Em função dos desempenhos das exportações e
importações, o comércio exterior paulista que, em 2008, apresentava um déficit
de US$8,6 bilhões, aumentou seu saldo comercial negativo em cerca de US$10,0
bilhões ao final de 2012, concretizando um déficit de US$18,5 bilhões (Tabela
3). Ao analisar o desempenho por setores, observa-se uma realidade de déficit
persistente e crescente do item demais setores nos últimos cinco anos, tendo
seu saldo negativo aumentado de US$17,9 bilhões em 2008 para US$35,0 bilhões em
2011 (+95,67%). Entretanto, essa tendência apresentou reversão em 2012, com
queda de 11,0% no saldo negativo em relação ao obtido em 2011, que alcançou
aproximadamente US$31,0 bilhões. Os agronegócios paulistas sustentaram o processo
de crescimento da entrada de divisas, evoluindo de US$9,2 bilhões em 2008 para
cerca de US$12,5 bilhões em 2012 (+34,7%), o que não foi suficiente para
modificar a realidade deficitária da balança comercial estadual no quinquênio
2008-2012. A representatividade paulista no conjunto do
comércio exterior brasileiro foi reforçada em 2012 em relação à tendência
verificada no período 2008-2011, uma vez que, à exceção das importações dos
agronegócios, todos os demais indicadores de participação relativa paulista
tiveram valores maiores em 2012 quando comparados com 2011. Tabela
3 –
Evolução do Saldo da Balança Comercial, Estado de São Paulo, 2008 a 2012 (em US$1.000,00) Ano Agronegócios Demais setores Total 2008 9.210.11 -17.907.83 -
8.697.72 2009 9.683.95 -17.711.26 -
8.107.31 2010 12.133.55 -27.613.46 -15.479.91 2011 12.766.36 -35.040.63 -22.274.27 2012 12.483.65 -30.955.67 -18.472.02 Fonte: Dados da pesquisa a partir de
dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR.
Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de comércio exterior (ALICE). Brasília:
MDIC/SECEX. Disponível em:
<http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: ago. 2013. A
participação paulista no comércio exterior brasileiro, embora cadente no tempo,
ainda se mostra relevante com exportações e importações, respondendo por 24,5%
e 34,9%, respectivamente, dos totais nacionais obtidos em 2012, valores
inferiores aos alcançados em 2008, quando representavam 29,1% das exportações e
38,3% das importações brasileiras. Com relação ao item demais setores, as
exportações paulistas foram mais significativas em termos proporcionais (26,2%)
que a dos agronegócios (22,0%) no total nacional exportado em 2012. Porém,
ambas tiveram desempenhos inferiores aos de 2011 e 2008, início do período em
análise. No que se refere às importações, o item demais setores aumentou sua
representatividade em 2012 (35,7% contra 23,4%), enquanto o item agronegócios
apresentou uma pequena queda de 31,8% para 30,1% (Tabela 4). Tabela 4 – Evolução da
Participação do Estado de São Paulo nas Importações e Exportações Brasileiras,
Agronegócios e Demais Setores da Economia, 2008 a 2012 (%) Ano Agronegócios Demais setores Total Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação 2008 11,70 29,60 26,36 76,14 38,30 29,15 2009 12,50 37,60 19,53 67,56 15,20 38,50 2010 28,10 27,00 35,10 21,20 34,20 23,40 2011 31,80 23,40 23,40 37,10 36,30 23,40 2012 30,10 22,00 35,70 26,20 34,90 24,50 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: ago. 2013. Principais Cadeias de Produção dos
Agronegócios Paulistas no Mercado Internacional A discriminação dos grupos de cadeias de produção
mais relevantes das exportações paulistas permite verificar que quatro deles
concentram 77% das vendas externas, perfazendo US$17,0 bilhões dos US$22,0
bilhões do total paulista exportado em 2012. São elas: bovídeos (carne bovina),
cana-de-açúcar (açúcar e álcool), produtos florestais e frutas (sucos
cítricos). No período 2008-2012, as exportações da cadeia de
produção da cana e sacarídeas aumentaram de US$5,23 bilhões para US$9,3
bilhões, crescendo 77,8% em função das vendas de açúcar e álcool, A cadeia de
bovídeos, embora tenha mantido a 2ª posição na pauta de exportações dos
agronegócios, recuaram de US$3,33 bilhões para US$2,64 bilhões (-20,7%) no
período 2008-2012, enquanto a cadeia das frutas teve suas vendas aumentadas de
US$2,14 bilhões para US$2,33 bilhões (8,8%), também mantendo o terceiro lugar
na pauta de exportações paulistas. Em ordem de relevância, a cadeia de produtos
florestais apresentou crescimento de 8,9%, com receita de US$2,1 bilhões em
2012 (Tabela 5). Tabela 5 – Evolução das
Exportações dos Agronegócios do Estado de São Paulo, Agregados de Cadeias de
Produção, 2008 a 2012 (em US$1.000,00) Cadeia de produção 2008 2009 2010 2011 2012 Têxteis 281.000 227.000 280.000 260.000 233.000 Bovídeos 3.332.000 2.218.000 2.725.000 2.828.000 2.641.000 Pescado 14.000 12.000 6.000 6.000 7.000 Café e estimulantes 704.000 607.000 830.000 1.118.000 932.000 Cana e sacarídeas 5.230.000 6.673.000 9.294.000 10.356.000 9.266.000 Frutas 2.145.000 1.755.000 1.897.000 2.480.000 2.327.000 Cereais e oleaginosas 872.000 723.000 781.000 1.029.000 1.525.000 Produtos florestais 1.914.000 1.794.000 2.025.000 2.211.000 2.081.000 Suínos e aves 570.000 435.000 489.000 634.000 529.000 Fumo 2.000 1.000 1.000 3.000 2.000 Agronegócios especiais 880.000 807.000 925.000 1.087.000 1.103.000 Bens e capital 998.000 685.000 890.000 974.000 1.246.000 Total 16.942.000 15.937.000 20.143.000 22.986.000 21.892.000 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: ago. 2013. Além dos quatros grandes agrupamentos de cadeias
de produção dos agronegócios paulistas que respondem pela maior parcela das
exportações setoriais estaduais, convém destacar outros dois - cereais e
oleaginosas e agronegócios especiais -, que apresentaram relevante
incremento no período 2008-2012. Em conjunto, atingiram, em 2012, cerca de
US$3,73 bilhões em valor e 0,02% das vendas externas paulistas, sendo que
cereais e oleaginosas, que respondiam por US$872,0 milhões em 2008, atingiram
US$1,52 bilhão em 2012 (+74,9%), reflexo da significativa recuperação das
lavouras estaduais de soja, entre outras culturas. Já os agronegócios especiais
cresceram de US$880,0 milhões para US$1,10 bilhão no período 2008-2012
(+25,3%), envolvendo diversos produtos. Quanto ao agrupamento bens de capital e
insumos houve relevante incremento das vendas externas cujos valores evoluíram
de US$998,0 milhões em 2008 para US$1,24 bilhão em 2012 (+24,8%) em especial
devido às transações externas da agroindústria paulista de máquinas e
implementos agropecuários (Tabela 5). As importações dos agronegócios paulistas estão
concentradas em três grandes agrupamentos de cadeias de produção, que juntas
totalizaram US$ 5,6 bilhões de aquisições externas, o que corresponde a 61,1%
do total estadual em 2012. Na agroindústria paulista, as
estruturas produtivas de bens de capital e insumos, que abastecem não apenas a
agropecuária estadual, mas também a de outras unidades da Federação, compraram
no mercado internacional produtos que custaram US$3,0 bilhões em 2008, valor
que praticamente se manteve em 2012, ocupando a primeira colocação nas
importações dos agronegócios. Os produtos florestais vêm na segunda posição,
embora os valores despendidos em compras dessas mercadorias no exterior tenham
recuado de US$1,55 bilhão para US$1,44 bilhão (-7,9%) no período 2008-2012. Em
terceiro lugar aparecem as importações de cereais e oleaginosas, concentradas
nas aquisições de trigo, que aumentaram no
período estudado de US$1,03 bilhão para US$1,07 bilhão(3,6%), dada a queda nos
preços internacionais do principal produto importado (Tabela 6). Tabela 6 – Evolução das
Importações dos Agronegócios do Estado de São Paulo, Agregados de Cadeias de
Produção, 2008 a 2012 (em
US$1.000,00) Cadeia de produção 2008 2009 2010 2011 2012 Têxteis 441.461 411.950 517.747 781.939 944.790 Bovídeos 293.924 287.485 340.591 467.009 491.901 Pescado 13.950 362.897 484.936 565.537 516.565 Café e estimulantes 50.277 77.252 95.210 146.402 170.927 Cana e sacarídeas 27.048 33.167 48.774 512.506 218.742 Frutas 234.463 271.654 345.206 428.316 414.844 Cereaiseoleaginosas 1.032.236 831.901 995.160 1.106.904 1.075.514 Produtos florestais 1.555.543 1.073.501 1.732.089 1.790.584 1.440.590 Suínos e aves 64.008 46.755 42.194 42.872 43.246 Fumo 506.002 1.150 4.873 1.851 2.063 Agronegócios especiais 482.808 473.753 603.104 786.359 845.845 Bens e capital 3.010.212 2.200.527 2.533.869 3.317.577 3.002.756 Total 7.711.932 6.071.992 7.743.753 9.947.856 9.167.783 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso
em: ago. 2013. Na construção do saldo comercial dos agronegócios
paulistas de US$12,7 bilhões em 2012, o agrupamento de cadeias de produção que
mais contribuiu para esse resultado foi o de cana e sacarídeos, cujo superávit
em 2012 equivaleu a 1,7 vezes o de 2008, evoluindo de US$5,20 bilhões para US$9,04
bilhões (+42,5%). A cadeia de bovídeos, embora tenha mantido a 2ª posição na
pauta de importações dos agronegócios, recuaram de US$3,04 bilhões para US$2,15
bilhões (-29,3%) no período de 2008-2012. As frutas concentradas nas transações
com sucos cítricos tiveram queda de -0,5% nos saldos comerciais, que passaram
de US$1,92 bilhão para US$1,91 bilhão no mesmo período 2008-2012. A seguir,
aparecem o café e estimulantes apresentando números positivos entre 2008 e 2012
(US$654,0 milhões para US$761,2 milhões), os produtos florestais que tiveram reversão
nos seus saldos negativos 1,8 por vezes, saindo de US$361,4 milhões para
US$641,3 milhões no período 2008-2012; os suínos e aves, com decréscimos de
US$506,0 milhões em 2008, mantiveram indicadores positivos US$486,1 milhões em
2012; os cereais e oleaginosas que reverteram um déficit de US$158,1 milhões em
2008 para um superávit de US$450,1 milhões em 2012; e por último, os
agronegócios especiais com decréscimo de US$406,5 milhões em 2008 para US$257,7
milhões em 2012. Dos agrupamentos de cadeias de produção que apresentam
déficits sistemáticos da balança comercial, destacam-se os bens de capital e
insumos (US$1,76 bilhão) – derivado da compra das agroindústrias de químicos e
maquinaria -, têxteis (US$710,9 milhões) e finalmente o pescado US$509,4
milhões (Tabela 7). Tabela 7 – Evolução dos
Saldos das Balanças Comerciais dos Agronegócios do Estado de São Paulo,
Agregados de Cadeias de Produção, 2008 a 2012 (em US$1.000,00) Cadeia de produção 2008 2009 2010 2011 2012 Têxteis 141.679 -185.208 -237.239 -521.196 -710.950 Bovídeos 3.042.975 1.930.655 2.384.772 2.361.212 2.149.213 Pescado -371.875 -350.404 -478.633 -559.126 -509.446 Café estimulantes 654.017 529.545 734.841 972.539 761.271 Cana e sacarídeas 5.202.604 6.639.656 9.245.792 9.844.214 9.047.817 Frutas 1.922.221 1.483.467 1.551.820 2.052.467 1.912.653 Cereais oleaginosas -158.113 -109.026 -213.782 -76.927 450.115 Produtos florestais -361.373 637.772 293.309 421.044 641.294 Suínos e aves 506.002 388.428 447.215 591.933 486.102 Fumo 804 115 -3.288 1.666 727 Agronegócios especiais 406.539 333.313 322.451 300.837 257.546 Bens e capital 2.002.932 1.515.829 1.643.793 -2.343.534 -1.755.855 Total 7.970.544 9.782.484 12.403.465 13.045.129 12.730.487 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: ago. 2013. Conclusão Com relação às exportações
dos agronegócios paulistas, os resultados para os anos de 2008-2012, mostram
que os produtos semimanufaturados apresentaram crescimento de 91,47,
com participação nas vendas externas de US$3,40 bilhões em 2008 e representavam
20% do total do setorial, somando US$6,50 bilhões em 2012. Enquanto para os produtos
básicos no período analisado o crescimento foi de 18,61%, e participação nas vendas
externas de US$3,61 bilhões em 2008, representando 21,2% do total setorial,
somando US$4,26 bilhões em 2012 e atingindo 19,4% do total setorial. Já os
produtos manufaturados apresentaram crescimento de 11,91% em 2012 quando
comparado ao ano de 2008, com participação nas vendas externas de US$10,0
bilhões representando 58,8% do total setorial, somando US$11,1 bilhões em 2012.
Esses indicadores mostram que os produtos manufaturados evoluíram com menor
intensidade na participação das vendas externas do que os produtos
semimanufaturados (Tabela 8). Tabela 8 - Evolução das Exportações dos Agronegócios do
Estado de São Paulo, em Agregação de Valor, 2008 a 2012 (em US$1.000,00) Ano Básicos Semi- Manufaturados Total 2008 3.612.816 3.402.874 10.033.767 17.048.457 2009 2.846.499 4.607.558 8.445.545 15.899.602 2010 3.579.458 6.929.941 9.685.748 20.195.147 2011 4.388.731 7.614.992 11.054.230 23.057.953 2012 4.266.071 6.505.560 11.185.696 21.957.327 Fonte:
Dados da pesquisa a partir de dados básicos de: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Secretaria de comércio Exterior – MDIC/SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE). Brasília: MDIC/SECEX. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>.
Acesso em: ago. 2013. A análise do comércio exterior dos agronegócios paulistas no período de 2008-2012 permite concluir que as exportações dos demais setores são quase duas vezes a dos agronegócios; porém, as importações desses setores são sete vezes a dos agronegócios, fazendo com o que os saldos comerciais dos agronegócios fossem positivos. Quanto às exportações dos agronegócios em 2012, os dois principais grupos de cadeias de produção foram a cana com US$9,3 bilhões e os bovídeos com US$3,3 bilhões, o que mostra que foram pouco afetados pelo cenário de crise internacional que dominou praticamente todo o período analisado. ____________________________________________ Palavras-chave: balança comercial paulista,
exportações, importações, agronegócios.
manufaturados
1Detalhamento das estatísticas de comércio exterior,
GONÇALVES, J. S.; VICENTE, J. R. Balança comercial do agronegócio paulista no
ano de 2011. Texto para Discussão,
São Paulo, jan. 2012. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/out/TerTexto.php?codTexto=12272>.
Acesso em: 26 jan. 2013.
2A metodologia pode ser vista em: VICENTE, J. R. et
al. Sistemas de importações e exportações dos agronegócios: conceituação e
análises de resultados, 1997-2001. Sistema
IEA, São Paulo, p. 09-25, maio 2002. (APTA/SAA - Série Ação Apta 5).
Data de Publicação: 27/09/2013
Autor(es):
Sueli Alves Moreira Souza Consulte outros textos deste autor
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