Preços agrícolas ampliam queda (1,02%) na terceira quadrissemana de março

            Os preços agrícolas caíram 1,02% na terceira quadrissemana de março, com perda de 0,32 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve, assim, a tendência de baixa. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de fevereiro de 2003.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / fevereiro
-1,90
2ª quadrissemana / fevereiro
-0,42
3ª quadrissemana / fevereiro
+1,30
4ª quadrissemana / mês de fevereiro
-0,46
1ª quadrissemana / março
+0,12
2ª quadrissemana / março
-0,70
3ª quadrissemana / março
-1,02

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde dezembro de 2003.

            Na terceira quadrissemana de março, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
9,00
Amendoim
-13,67
Arroz
-5,32
Banana
4,79
Batata
29,00
Café
0,60
Cana-de-açúcar
-3,57
Cebola
18,42
Feijão
27,27
Laranja
-5,49
Milho
-1,23
Soja
14,52
Tomate
-5,56
Trigo
0,44
Aves
-14,97
Boi gordo
0,31
Leite
0,00
Ovos
0,00
Suínos
10,05

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na terceira quadrissemana de março, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
+6,53
Frutas
-4,49
Olerícolas
+11,03
Produtos de Origem Vegetal
-0,35
Produtos de Origem Animal
-2,21
Total do IPR
-1,02

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, nove apresentaram crescimento no preço (algodão, banana, batata, café, cebola, feijão, soja, trigo, boi e suínos), enquanto sete tiveram reduções (amendoim, arroz, cana-de-açúcar, laranja, milho, tomate e aves). O destaque de alta foi o preço do feijão (27,27%), enquanto a queda mais acentuada foi verificada no preço das aves (14,97%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o recuo nos preços das frutas, apesar do aumento nos preços dos subgrupos de grãos e olerícolas, fez com que o preço do grupo caísse 0,35%. No segmento animal, o aumento nos preços do boi e dos suínos foi mais que compensado pela retração nas cotações das aves, levando o preço do grupo à redução de 2,21%. O resultado final foi a diminuição de 1,02% no índice geral (IPR).
            O preço da soja continuou ascendente, à medida que aumentou a quebra das safras brasileira e argentina. Assim, o produto no mercado de Chicago atingiu as maiores cotações desde 1988, o que refletiu nos preços recebidos pelos sojicultores, compensando em parte a valorização do real. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 22/03/2004

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor