Nos primeiros nove meses de 2002, a balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 7,86 bilhões. Este superávit foi resultado da redução das importações, uma vez que esta foi superior à queda observada nas exportações, permitindo a obtenção deste saldo positivo. As exportações do agronegócio do país também apresentaram queda (-1,16%), mas, como as suas importações caíram mais (-12,17%), o resultado foi o superávit de US$ 13,11 bilhões, cerca de 4,55% superior ao observado no mesmo período de 2001 (gráfico 1, tabela 1).

Gráfico 1 – Brasil – Comércio Exterior – Total e Agronegócios, Janeiro a Setembro de 2001 e 2002

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC

            Neste período, observou-se um leve crescimento na participação das exportações e das importações do agronegócio no total do país (gráfico 2, tabela 1).

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC.

            As exportações paulistas, no período de janeiro a setembro de 2002, recuaram cerca de 7,14 % em relação ao mesmo período de 2001, mas as importações recuaram ainda mais (- 23,34%), o que terminou por aumentar o saldo de menos US$ 3,86 bilhões, no período de janeiro a setembro de 2001, para menos US$ 0,44 bilhões neste ano. O agronegócio paulista apresentou exportações crescentes no período (+3,30%), enquanto as importações se reduziram (- 16,79%), aumentando assim o saldo comercial do setor em 33,70%, para US$ 2,42 bilhões (gráfico 3, tabela 2).

Gráfico 3- São Paulo – Comércio Exterior: Total e Agronegócio, Janeiro a Setembro de 2001-02

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC.

            A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado aumentou 3,29 pontos percentuais, enquanto as importações do agronegócio paulista no montante estadual aumentaram em 1,20 ponto percentual (gráfico 4).

Gráfico 4- São Paulo – Comércio Exterior: Participação do Agronegócio, Janeiro a Setembro de 2001-02

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC.

            A participação do agronegócio paulista nas exportações do agronegócio brasileiro, no período de janeiro a setembro de 2002, atingiu 24,99%, cerca de 1,08 ponto percentual a mais que no mesmo período de 2001. No caso das importações, ocorreu uma redução nesta participação para 40% do total dos agronegócios do país no mesmo período de 2002 (cerca de 2,22 pontos percentuais a menos) em relação ao observado no mesmo período de 2001 (gráfico 5, tabela 3).

Gráfico 5- Participação do comércio exterior paulista (total e agronegócios) no total do Brasil,
Janeiro a Setembro de 2001-02

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC.

            No período de janeiro a setembro de 2002, as principais cadeias produtivas na exportação do agronegócio paulista por ordem de importância foram: cana e sacarídeas (US$ 1,15 bilhão), bovinos (US$ 878,69 milhões), frutas, especialmente suco de laranja (US$ 745,69 milhões), produtos florestais (US$ 652,83 milhões), cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 374,89 milhões), têxteis e fibras vegetais (US$ 168,04 milhões) e café e estimulantes (US$ 155,41 milhões). No caso do agronegócio brasileiro, as principais cadeias de produção exportadoras, para o mesmo período, foram: cereais/leguminosas/oleagenosas (US$ 4,86 bilhões), produtos florestais (USS$ 3,12 bilhões), bovinos (US$ 2,57 bilhões), cana e sacarídeas (US$ 1,58 bilhão), café e estimulantes (US$ 1,10 bilhão), frutas, inclusive sucos (US$ 1,03 bilhão) e fumo (US$ 783,35 milhões).

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP e Dados básicos da SECEX/MDIC

Tabela 2 - Estado de São Paulo - Comércio Exterior, Janeiro a Setembro de 2001 e 2002
(em US$ bilhões)

Fonte: IEA/APTA/SAA-SP, a partir dos dados básicos da SECEX/MDIC

Tabela 3 - Participação do Comércio Exterior do Estado de São Paulo no Brasileiro, para o Total e Agronegócio, Janeiro a Setembro de 2001 e 2002
(Em percentagem)